Sabia que o seguro para moto é obrigatório? A lei exige que as motos tenham seguro de responsabilidade civil. Em caso de acidente, é esta apólice que cobre os danos causados a terceiros.
A cada cinco anos, a Comissão Europeia define o valor mínimo coberto, de acordo com a inflação. Assim, até 2027, qualquer seguro para moto deve cobrir, no mínimo, 1,30 milhões de euros em danos materiais e 6,45 milhões de euros em danos corporais.
É possível, no entanto, contratar uma cobertura de responsabilidade civil de até 50 milhões de euros. Mas, claro, se escolher aumentar a cobertura, o seguro para moto também ficará mais caro.
Descubra, neste artigo, quais os fatores a ter em conta ao contratar um seguro para moto. E saiba como escolher a opção mais adequada às suas necessidades.
Quanto custa o seguro obrigatório de moto?
Os preços dos seguros para moto dependem das características do veículo e do tomador do seguro. Conheça alguns dos fatores que se destacam.
- Idade: motociclistas com menos de 25 anos e até dois anos de carta tendem a pagar prémios maiores. As seguradoras associam a falta de experiência a um maior risco de sinistro e, por isso, penalizam no preço;
- Cilindrada: as motos de maior cilindrada também aumentam o preço do seguro, já que representam perigos maiores;
- Área de circulação: ter um seguro para moto em Lisboa e no Porto pesa mais na carteira, pois estas cidades têm maiores índices de sinistralidade;
- Histórico de sinistros: um motociclista com “cadastro limpo” consegue um seguro para moto mais barato do que alguém que tenha um historial de acidentes.
Assim, se quer saber quanto custa o seguro obrigatório de moto, tem de ter em conta todas estas nuances. Para referência, saiba que um condutor de uma moto até 50 centímetros cúbicos (cc), residente em Lisboa, com 30 anos de idade, 5 anos de carta e sem registo de sinistros, pode pagar cerca de 72 euros anuais. Isto equivale a seis euros/mês pelo seguro para moto.
Leia ainda: O que deve avaliar antes de escolher um seguro?
Que coberturas posso adicionar ao meu seguro para moto?
Por vezes, os seguros de responsabilidade civil obrigatória para moto incluem também assistência em viagem e proteção jurídica. Dependendo das seguradoras, estas coberturas extra podem garantir:
- Reboque;
- Substituição de pneus em caso de furo;
- Assistência por falta de combustível;
- Apoio legal na reclamação de uma indemnização.
Fora dos planos básicos fica a cobertura dos ocupantes e da moto. Se quiser alargar a proteção, tem duas opções:
- Ampliar a cobertura de responsabilidade civil. Pode fazê-lo até 50 milhões de euros e/ou adicionar proteção do condutor. Esta proteção inclui reembolso de despesas médicas e de funeral em caso de acidente, bem como indemnização por invalidez permanente ou morte;
- Subscrever um seguro para moto de danos próprios. Além das coberturas de responsabilidade civil ampliadas, este seguro protege-o também em caso de choque, colisão, capotamento, roubo, furto, catástrofes naturais, quebra de farol, vandalismo, incêndio, danos no capacete, danos no fato e danos nos ocupantes. Mas, mais uma vez, tudo depende do plano que cada seguradora oferece. E, em certos casos, poderá ter de pagar um prémio adicional para ter coberturas específicas.
Seguro para moto por cilindrada: Qual escolher?
Independentemente da cilindrada, o seguro ideal para a sua moto é aquele que melhor se adequa:
- Às suas finanças pessoais;
- Às suas características de motociclista;
- Ao valor comercial do veículo;
- E à utilização a que a moto se destina.
Por exemplo, motos de marca premium podem ser mais propensas a roubo ou furto. Logo, pode ser estratégico subscrever uma apólice com essa cobertura. O mesmo é válido para os casos em que não tem garagem e deixa a moto na rua, durante toda a noite.
Além disso, as motos mais antigas costumam desenvolver mais problemas mecânicos. Assim, se percorre longas distâncias, um seguro que garanta assistência em viagem e cobertura de reparações torna-se essencial.
Por último, se a moto estiver num contrato de leasing ou de aluguer de longa duração, a escolha é simples: a instituição de crédito exige que tenha um seguro de danos próprios. Sem essa apólice, não pode avançar com o contrato.
Seguro para moto 50 cc
Como o prémio do seguro aumenta conforme a cilindrada, os seguros para motos até 50 cc estão entre os mais baratos do mercado. Assim, pode aproveitar essa vantagem para alargar a sua proteção: procure um plano básico que inclua também assistência em caso de avaria ou acidente. Isto, claro, se fizer viagens de muitos quilómetros.
Se apenas conduzir na sua área de residência e longe do trânsito, poderá poupar dinheiro e contratar apenas o seguro obrigatório de responsabilidade civil.
Seguro para moto 125 cc
As motos 125 cc são uma alternativa prática para fugir ao trânsito da cidade. Com permissão para circular na autoestrada, muitos motociclistas usam este modelo para as viagens entre a casa e o trabalho.
Se é o seu caso e quer viajar mais protegido, avalie se compensa ter um seguro para moto 125 cc com cobertura de danos próprios. Dessa forma, as despesas de hospital, incapacidade ou funeral ficam seguras, em caso de acidente.
Por outro lado, se usa algum tipo de equipamento especial para conduzir, como fato ou capacete robusto, poderá querer incluir esse material na sua apólice. Com um seguro para moto de danos próprios, é possível proteger o equipamento em caso de danos.
Seguro para moto 4
Pisos irregulares, viagens mais arriscadas e passeios em grupo são imagens que associamos às moto 4. Assim, se usa este veículo para passeios de desporto e aventura, pode ser importante juntar uma cobertura de acidentes pessoais à responsabilidade civil.
Adicionalmente, se costuma transportar outra pessoa consigo, garanta que o seguro para moto 4 protege também o outro ocupante.
Leia ainda: Seguro para motociclos: Quais as coberturas a considerar?
Como fazer um seguro para moto?
Pode fazer o seguro para moto numa agência de seguros ou junto de um mediador. Se optar pelo mediador, pode conseguir preços mais competitivos. Mas, em qualquer um dos casos, prepare-se para enfrentar eventuais entraves.
Na verdade, fazer um seguro para moto nem sempre é simples, já que algumas seguradoras têm exigências específicas, como:
- Ausência total de sinistros no “cadastro” do tomador do seguro;
- Idade mínima de 30 anos para aceder a certas coberturas (por norma, isto aplica-se às coberturas de danos próprios);
- Já possuir um seguro automóvel na mesma companhia;
- Ter carta de condução há, pelo menos, dois ou cinco anos (a exigência varia entre seguradoras).
Caso três seguradoras diferentes lhe recusem o seguro para moto, contacte a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). Esta entidade vai obrigar uma seguradora a apresentar-lhe uma proposta com cobertura de responsabilidade civil.
Que documentos são precisos ao fazer um seguro para moto?
Tanto no balcão como online, vai precisar de apresentar documentos pessoais e documentos do veículo. Os elementos pedidos podem variar entre seguradoras. Contudo, esta é a documentação mais comum:
- Número de contribuinte;
- Carta de condução;
- Documento Único Automóvel ou outro título de registos de propriedade da moto;
- Ficha de inspeção.
Informe-se junto da sua seguradora ou do seu mediador e reúna a documentação necessária. E, já agora, guarde esta dica: se tem algum outro seguro numa companhia, é provável que essa seguradora aceite fazer-lhe um seguro para moto. Além disso, se juntar todos os seguros numa só marca, pode conseguir um preço mais simpático.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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