A relação que temos com os seguros está muito ligada ao nível de literacia da sociedade. Se, a partir de hoje, no momento da contratação de um crédito habitação, o banco deixasse de exigir um seguro de vida para minimizar o risco do financiamento e, com isso, tornar o empréstimo mais barato, 90% das pessoas optaria por não contratar.
Possivelmente, estou a ser otimista quando digo 90%. Neste caso, como noutros, o seguro é encarado apenas como um custo, idealmente o mais baixo possível. Grande parte das pessoas não quer saber onde é feito, que coberturas tem e não tem, e se essas coberturas podem ser úteis ou não para o dia a dia.
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E se não tivermos seguro?
O que aconteceria, naturalmente, é aquilo que ninguém quer que aconteça: os sinistros que hoje estão cobertos pelo seguro de vida, deixariam de estar. Iriamos ver famílias a perder elementos e, com isso, parte do rendimento do agregado, tendo de continuar a pagar a prestação do crédito ao banco. Da mesma forma, famílias que passaram a vida a pagar a casa para a deixar como herança para a próxima geração, deixariam uma dívida aos filhos, se confrontadas com algum imprevisto.
Muito rapidamente uma série de acontecimentos que hoje são dados como garantidos pela sociedade porque existem seguros de vida, deixariam de estar, criando uma fratura gigantesca.
A literacia tem um papel fundamental na forma como olhamos para os seguros. Para que deixemos de olhar para eles apenas como um custo, e passemos a considerá-los como um garante da nossa qualidade de vida presente e futura. E para que tenhamos a segurança e bem-estar psicológico para podermos viver a vida sem medos, porque sabemos que temos um seguro que nos vai proteger quando precisarmos dessa proteção.
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Seguro de vida: Proteja-se a si e aos seus
Os seguros são uma peça fundamental no funcionamento de qualquer economia e sociedade. Temos de contratar seguros, como o seguro de vida, não porque alguém nos pede para o fazer, e sim porque queremos retirar algum proveito presente e futuro desse seguro.
Ao fazer um financiamento com um seguro de vida associado, estamos a comprar paz de espírito. Sabemos que, se nos acontecer alguma coisa, o crédito não fica para os nossos herdeiros. Mais importante ainda, o nosso seguro de vida pode ter coberturas complementares que nos vão ajudar a superar alguns dos momentos mais difíceis que podemos atravessar, que é quando temos algum tipo de doença grave, como cancro ou AVC.
São aqueles momentos em que damos graças por não termos contratado o seguro que o gestor do banco nos disse para contratarmos, e por termos falado com um mediador que, por metade do preço, nos apresentou um seguro de vida ajustado ao nosso caso, e que nos vai proteger, a nós e à nossa família, nos momentos mais difíceis.
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Co-fundador do Doutor Finanças e administrador de Seguros, Rui Costa é formado em Economia, com especialização em liderança, gestão operacional e Customer Experience. Nasceu em 1988, começou a trabalhar na área de intermediação de crédito aos 23 anos. Natural de Fafe, adora ler e aprender coisas novas. Procura desafiar-se constantemente e de sair da sua zona de conforto. Adora liderar pessoas, dar-lhes as ferramentas certas para as ajudar a crescer do ponto de vista profissional, mas também pessoal, porque as pessoas não são só trabalho, são muito mais.
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