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Seguro de vida resgatável vs. tradicional: Qual a diferença?

Sabia que alguns seguros de vida incluem um fundo de poupança? Descubra o que é e como funciona o seguro de vida resgatável.

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Seguro de vida resgatável vs. tradicional: Qual a diferença?

Sabia que alguns seguros de vida incluem um fundo de poupança? Descubra o que é e como funciona o seguro de vida resgatável.

E se pudesse resgatar o seu seguro de vida para enfrentar uma despesa inesperada? Saiba o que é e como funciona o seguro de vida resgatável.

Já ouviu falar em seguro de vida resgatável? Tal como o seguro de vida tradicional, um seguro de vida resgatável oferece proteção financeira em caso de morte ou invalidez. Contudo, pode ir mais além e funcionar como uma poupança que tem disponível em caso de necessidade. Entenda, neste artigo, as diferenças entre o seguro de vida resgatável e o seguro de vida tradicional.

Para que serve um seguro de vida?

Hoje em dia, o seguro de vida está muito associado ao crédito bancário: por norma, para avançar com o empréstimo, os bancos exigem que contrate uma apólice destas. Assim, se um acidente grave o impedir de pagar as prestações devidas, a companhia de seguros fica responsável pelos pagamentos.

Por outro lado, há quem continue a contratar seguros de vida para garantir que a família não fica desamparada. Por exemplo, se a pessoa segura morrer ou ficar incapacitada, o seguro de vida é ativado e os beneficiários recebem o valor acordado no contrato. A esse valor chama-se capital seguro.

Ora, nos dois casos apresentados, o seguro de vida está ligado a uma ideia de imprevisto grave. Contudo, o mercado tem vindo a diversificar-se e já é possível contratar seguros que, além de protegerem, são também uma espécie de mealheiro. É aqui que entra o seguro de vida resgatável.

Seguro de vida resgatável: Que opções existem no mercado?

Um seguro de vida resgatável é um produto do ramo vida, comercializado em seguradoras e bancos. Este tipo de produto distingue-se por permitir resgates, mesmo que não ocorra nenhum sinistro. Regra geral, pode encontrá-lo sob dois nomes principais:

  • Seguro de vida misto ou seguro de vida com poupança;
  • Seguro de capitalização ou operação de capitalização.

Tal como o nome indica, o primeiro tipo de seguro alia uma componente de proteção e poupança. Já o segundo, está apenas focado em rentabilizar o prémio a longo prazo. Neste caso, o tomador do seguro pode entregar o prémio todo de uma vez ou periodicamente.

Leia ainda: Que tipos de seguros existem no ramo vida?

Seguro de vida resgatável vs. seguro de vida tradicional

A grande diferença entre um seguro de vida resgatável e um seguro de vida tradicional é o seu objetivo.

Quem contrata um seguro de vida tradicional, procura proteção em caso de sinistro. Já quem escolhe um seguro de vida resgatável, pode querer levantar algum valor do seguro em vida. E as diferenças não ficam por aqui:

  • Tipo de risco. O seguro de vida tradicional é, acima de tudo, um seguro em caso de morte. Por seu turno, o seguro de vida resgatável também pode ser um seguro em caso de sobrevivência. Por exemplo, na modalidade de seguros de vida mistos, se não ocorrer nenhum sinistro até ao final do contrato, recebe parte dos prémios já pagos;
  • Rentabilidade. Enquanto o seguro de vida tradicional apenas se compromete a cobrir sinistros, o seguro de vida resgatável inclui uma vertente de poupança, em que o capital fica a render. No entanto, nem sempre garante uma rentabilidade mínima;
  • Preço. Por norma, o seguro de vida resgatável é mais caro do que o tradicional. Isto deve-se às suas características de investimento. Tal como acontece com os depósitos a prazo, a administração do fundo tem comissões associadas.

Como funciona o seguro de vida resgatável?

Na prática, quando falamos em seguro de vida resgatável misto ou com poupança, a seguradora divide o prémio recebido em duas partes:

  • Uma percentagem fica alocada à eventual cobertura de sinistros;
  • A outra parte é investida, criando um fundo de poupança. Dependendo das condições contratadas, pode levantar este fundo total ou parcialmente ao longo do contrato. Nos seguros de capitalização, o prémio destina-se apenas a esta vertente de poupança.

Quanto ao prazo, pode escolher entre duas modalidades:

  • Seguro de vida resgatável temporário. Define-se um prazo (10, 15 ou 20 anos, por exemplo). Terminado o contrato, pode fazer o resgate;
  • Seguro de vida resgatável vitalício. Não há uma data fixa para fazer o resgate. Apenas terá de cumprir um período de carência, durante o qual não pode levantar o dinheiro.

Quais as coberturas do seguro de vida resgatável?

Quando um seguro de vida resgatável é misto, pode juntar três coberturas principais:

  • Morte. Se o tomador do seguro falecer, o(s) beneficiário(s) recebe(m) o valor acordado com a seguradora;
  • Invalidez absoluta e definitiva ou Invalidez total e permanente. O primeiro tipo de invalidez significa que o segurado fica dependente de uma terceira pessoa para realizar tarefas básicas, como vestir ou tratar da higiene pessoal. A segunda aplica-se quando o segurado enfrenta uma invalidez de cerca de 65% para realizar a sua profissão;
  • Capitalização. Trata-se do fundo de poupança associado ao seguro de vida. No caso dos seguros ou operações de capitalização, esta é a única cobertura da apólice.

Para se diferenciarem, algumas seguradoras incluem também, nos planos mais básicos, certas coberturas que costumamos associar a seguros de saúde. É o caso do acesso gratuito a exames médicos.

O seguro de vida resgatável pode ainda incluir algumas coberturas extra, como capital diário por hospitalização ou cobertura de doenças graves (AVC, cancro, enfarte). Quanto maior o número de coberturas extra, tendencialmente maior será o prémio a pagar.

Leia ainda: Seguro de vida: Aspetos importantes a ter em conta

O seguro de vida resgatável vale a pena?

Quer um seguro de vida resgatável só a pensar na capitalização? Então, poderá haver melhores formas de investir o seu dinheiro. As taxas dos seguros de vida resgatáveis rondam os 1,75% brutos, por ano.

Por outro lado, na modalidade mista, não deixam de ser uma boa opção para quem quer aliar proteção e poupança. Um seguro de vida resgatável pode cobrir os riscos de vida tradicionais, exames médicos, aconselhamento médico por telefone e ainda criar uma almofada financeira que, entre outros objetivos, poderá levantar para:

  • Complementar a reforma;
  • Enfrentar dificuldades económicas;
  • Pagar propinas;
  • Investir num imóvel.

Mas atenção: o resgate antecipado pode estar sujeito a penalizações. Em contrapartida, se resgatar o seguro de vida dentro de determinadas condições previstas na lei, beneficia de tributação reduzida.

Benefícios fiscais do seguro de vida resgatável

Os seguros de vida resgatáveis com componente da poupança têm um rendimento de capital. Isto é, se tudo decorrer como previsto, recebe mais dinheiro do que aquele que investiu. E, por norma, esse valor extra é taxado a 28%.

No entanto, a taxa de IRS pode reduzir de acordo com dois fatores: o montante investido e o momento do contrato em que faz o resgate.

Estes benefícios fazem-se sentir a partir do 5.º ano e apenas se já tiver investido 35% do montante total na primeira metade do contrato. Ou seja, se pretender resgatar o capital no 5.º ano de contrato, apenas tem direito aos benefícios fiscais se tiver efetuado 35% das entregas de capital nos primeiros dois anos e meio. Assim, a taxa de IRS evolui desta forma:

  • Antes do 5.º ano do contrato: não tem direito a benefício fiscal. Pagará 28% sobre 100% do rendimento;
  • Entre o 5.º e o 8.º ano do contrato: taxa de 22,4% (paga imposto apenas sobre ⅘ do rendimento);
  • Após o 8.º ano do contrato: taxa de 11,2% (paga imposto apenas sobre ⅖ dos rendimentos).

Ficou interessado ou quer saber mais sobre este tipo de seguro e os benefícios que lhe estão associados? O serviço de mediação do Doutor Finanças esclarece as suas dúvidas. Fale connosco e descubra qual é o melhor seguro de vida resgatável para o seu caso.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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