Apesar do contexto vivido atualmente, a euforia do consumo e o otimismo vividos pelos portugueses em 2018 e 2019 ainda não se dissipou. Por isso, é importante que, à semelhança do que deve ser praticado no resto do ano, não comprometa o seu orçamento.
A somar às preocupações financeiras, este ano, acrescentamos as preocupações com a saúde devido à Covid-19.
Neste contexto, decidimos fazer um pequeno guia com algumas dicas para que possa passar um Natal seguro (financeiramente, mas não só).
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1. Planeie as suas compras
Mesmo que falte apenas pouco mais de uma semana, está sempre a tempo de planear. Para isso, basta destinar um tempinho do seu dia a pensar e a pesquisar o que vai oferecer e a quem vai oferecer. No entanto, para que não gaste mais do que pretende ou do que tem, é importante que antes faça as contas e perceba quanto é que pode/quer gastar por cada pessoa e no total.
Contas feitas e prendas escolhidas, mesmo que seja apenas uns dias antes, esta estratégia vai ajudá-lo a tomar decisões mais conscientes, a diminuir o stress, a poupar dinheiro e a conseguir desfrutar mais do espírito natalício (que é o suposto).
Comprar à última hora (principalmente no próprio dia 24) pode também levá-lo a que não consiga cumprir o orçamento, porque como tem menos tempo para fazer uma compra consciente, acaba por comprar algo que não era o que pretendia oferecer ou acaba a gastar mais do que queria.
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2. Ofereça prendas “conjuntas”
Esta dica tem dois sentidos possíveis. Por um lado, pode juntar-se a alguém para oferecer um presente a uma terceira pessoa, ou, por outro lado, pode oferecer um só presente a mais do que uma pessoa, por exemplo, aos seus pais. Ofereça coisas que podem ser partilhadas, por exemplo, vouchers de experiências para dois. Fica mais em conta. Ou outro tipo de prendas que no conjunto até pode ficar mais barato do que se comprar duas prendas.
Se decidir partilhar esta despesa com mais alguém, um irmão, por exemplo, para além de estarem a economizar, ao mesmo tempo, podem optar por um presente que se fosse apenas uma só pessoa a pagar, seria inviável.
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3. Opte pelas compras online
Embora as compras online tenham sido uma tendência que aumentou exponencialmente devido à situação atual, a verdade é que nunca é de mais relembrar. Para além de se estar a proteger e a evitar expor-se ao aglomerado de pessoas nos espaços comercias, vai também estar a poupar tempo e dinheiro. E como? Existem muitas marcas que fazem promoções e descontos exclusivamente a quem comprar online.
Neste momento, deve estar a contar os dias no calendário, e a ver que a encomenda pode não chegar a tempo do Natal. É verdade que no momento de comprar online, a data de entrega é um cuidado que deve ter em atenção. Contudo, existe sempre uma solução.
Se quiser realmente oferecer algo que só encontra online ou pretender aproveitar alguma campanha, pode sempre fazê-lo, mesmo que esta não chegue a tempo. Para isso, basta fazer um postal de Natal referindo o presente que tem para a pessoa em questão. Muitas são também as marcas que disponibilizam logo no momento da compra, a oportunidade de fazer um postal e, posteriormente, imprimir o mesmo, ou enviá-lo por email ao presenteado.
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4. Ofereça cheques-prenda
Se não sabe o que oferecer ou se não encontra nada dentro do orçamento que estipulou, pode sempre recorrer aos cartões oferta. Se, por exemplo, estabelecer o limite de 15 euros por prenda, poderá comprar um cartão presente no valor de 15 euros.
Outra vantagem é que, quem vai receber o seu presente, poderá utilizar esse mesmo cartão para comprar algo que realmente gosta e/ou precisa.
Pode oferecer cartões não só de lojas, mas também de espaços comerciais, aumentando mais as oportunidades de quem o vai receber.
5. Evite pagar com cartão (crédito e não só)
Associada a esta dica, vêm outras, igualmente importantes. Primeiro que tudo é aconselhável que tente pagar as suas despesas natalícias sempre com dinheiro físico. E isto porque vai conseguir perceber melhor o que está a sair da sua carteira. Por exemplo, se definiu gastar 50 euros em compras, e a meio das mesmas, já não tiver nenhum euro na carteira, quer dizer que alguma prenda saiu fora do orçamento estipulado.
Em segundo lugar, mesmo que tenha de pagar em cartão, evite sempre que seja com o de crédito. Para além de revelar que está a gastar mais do que aquilo que pode, o presente que está a comprar pode tornar-se mais caro no futuro, devido às taxas de juro. Por isso, se tiver mesmo que recorrer ao cartão de crédito, é importante ter em atenção que deve pagar a dívida acumulada até ao final do período de isenção de juros, para evitar o pagamento de juros de mora e possíveis situações de endividamento.
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6. Não recorra ao crédito pessoal
Aqui estão englobados os cartões de crédito que falámos no tópico anterior, mas não só. A época natalícia leva a que disparem os níveis de consumo. São muitas as famílias que recorrem aos bancos para financiarem as suas necessidades e desejos.
No entanto, solicitar um crédito pessoal devido ao Natal, pode criar-lhe problemas de sobre-endividamento no futuro. Não se esqueça que vai estar a comprar o presente hoje, mas que vai estar a pagá-lo durante uma série de tempo. A isto ainda vão acrescentar os juros que vão tornar o presente mais caro do que realmente foi.
Por isso, é importante que faça um planeamento com o que pretende gastar. Opte por utilizar as suas poupanças ou o subsídio de Natal para comprar as prendas a pronto. Principalmente, nesta altura, onde reina um clima de incertezas económicas devido à pandemia do Covid-19.
7. Aproveite promoções
Mesmo que a Black Friday ou a Ciber Monday já tenham passado, ainda é possível fazer compras mais baratas. A verdade é que são muitas as lojas que têm promoções o ano inteiro de seleção de artigos.
Outra solução passa por adiar estas compras para o fim de dezembro, altura em que todas as lojas entram em saldos. Embora a maioria dos portugueses não considerem esta como uma opção viável, a verdade é que permite poupar muito, mas muito dinheiro. Por exemplo, pode optar por comprar apenas os presentes das crianças para a noite da Consoada e deixar o resto dos presentes para comprar depois.
8. Cozinhe os pratos e as sobremesas de Natal
Uma grande fatia das despesas de Natal é precisamente a comida. No entanto, mais cara ainda é a opção de encomendar ou ir comer fora. Para além de ser mais barato confecionar as suas refeições e sobremesas em casa, também é mais seguro.
Se conseguir, compre alguns produtos antes da véspera de Natal, uma vez que pode existir inflação nos preços nessa altura. Para além disso, vai ajudá-lo ainda a diminuir a sua estadia no supermercado no momento de comprar os produtos frescos.
9. Reúna a família e os amigos à distância
Apesar do cenário atual, felizmente existem as tecnologias que permitem encurtar as distâncias. Se não puder/quiser reunir a família, para garantir a segurança de todos, recorra às plataformas online existentes para realizar o evento. Pode escolher fazê-lo durante o jantar e (ou apenas) para partilhar o momento de abrir os presentes, por exemplo.
Se fizer o jantar em casa, presencialmente, pode sempre optar por fazer um jantar volante. Onde apenas uma pessoa serve o jantar aos restantes, que estão com a devida distância de segurança entre eles.
10. Reveja todos os seus custos
E se, como prenda no sapatinho, conseguisse ver os seus custos reduzidos e a sua poupança aumentada? Que belo presente, não era? Não precisa de esperar pelas doze badaladas para receber este presente. Basta começar, agora mesmo, a fazer a revisão de todos os seus custos.
Poupar em tempos de covid-19: O que ganho em transferir o meu crédito habitação?
E dentro destas dicas, aqui vão mais umas dicas extra. Por exemplo, se tem vários créditos em mãos, como por exemplo, um crédito automóvel, um crédito pessoal para o seu computador e ainda cartões de crédito, opte por consolidar todos os seus créditos. Assim, vai ficar apenas com um só crédito e mais barato.
Se por outro lado, a maior fatia do seu orçamento mensal vai para a prestação do crédito habitação, a solução pode passar por transferir o crédito para outra entidade. Uma entidade bancária que lhe ofereça melhores condições e mais adequadas à sua situação.
O mesmo acontece com os seguros. Esta também pode ser a altura para rever a sua carteira de seguros, seja ele de vida, multirriscos, automóvel ou de saúde, para perceber onde pode poupar.
E como nas “pequenas coisas” é que podem morar os grandes gastos. Também aconselhamos a que reveja os seus contratos (luz, telecomunicações) e cancelar aqueles que não utiliza (serviços de streaming, ginásio, entre outros).
Leia ainda: Se a minha situação financeira piorar, o que posso fazer?
Dica extra
Porque o Natal é dar e receber, opte por comprar aquilo que é português e ajude o comércio local.
Entre em 2021 com a sua vida financeira arrumada
Mais do que nunca, esta “pequena” ação é fundamental para ajudar todos os portugueses a fazerem face a este período complicado que o país está a atravessar. Este gesto vai estar a promover o desenvolvimento económico e a ajudar a criar e a manter postos de trabalho.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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Bom dia tenho crédito à habitação e outros créditos pessoais , queria ficar só com uma prestação a pagar , ou seja crédito consolidado.
Olá, Teresa.
Sugiro que leia o artigo sobre o crédito consolidado. E se pretender, pode contar com a ajudar do Doutor Finanças para analisar o seu caso e calcular qual a poupança mensal que conseguirá obter, e isto sem pagar qualquer custo por este serviço, clicando aqui.
Obrigado.