A pandemia de Covid-19 veio alterar a forma como vivemos as nossas vidas, mas também como vivemos as nossas casas. A propagação do novo coronavírus obrigou os governos a estabelecer medidas que obrigassem ao confinamento. E, em todo o mundo, o tempo passado dentro de casa aumentou consideravelmente.
Em muitos casos, a casa tornou-se também no local de trabalho, no ginásio ou na escola, havendo a necessidade de fazer adaptações ao espaço.
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Uma casa “à prova de Covid-19"
Um estudo anual realizado pelo IKEA, com incidência em 37 países (Portugal incluído), conclui que duas em cada cinco pessoas fizeram remodelações em casa durante este ano.
“Uma relação saudável com o lar satisfaz um conjunto particular de necessidades”, pode ler-se no relatório. “O nosso estudo continua a dizer-nos que a maioria das pessoas se sente em casa quando cinco necessidades emocionais são preenchidas” - são elas a privacidade, conforto, propriedade, pertença e segurança.
Numa altura em que a casa se torna num aspeto ainda mais central nas nossas vidas, surgem também novas prioridades relativamente ao espaço. Um espaço para desenvolver hobbies, um jardim e um espaço de trabalho ou estudo são as três remodelações mais frequentes, de acordo com o estudo.
Uma das questões levantadas pelo inquérito da cadeia sueca de mobiliário e decoração foi sobre que atividades desenvolvidas durante o confinamento as pessoas irão manter no futuro. Passar mais tempo com a família está no topo das respostas, mas há outras atividades que se destacam como fazer exercício físico em casa (29%) e trabalhar a partir de casa (17%).
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E em Portugal?
A sala é a divisão onde os portugueses passam mais tempo (94%), de segundo um estudo do Observador Cetelem, divulgado em outubro deste ano, que incide sobre a relação dos portugueses com as suas casas, no contexto de pandemia e também nas intenções de consumo para o último trimestre de 2020.
Depois da sala, é no quarto que os portugueses passam mais tempo (83%), sendo que esta é a divisão que a maioria dos jovens até aos 25 anos prefere. A completar o top 3, está a cozinha, como divisão mais utilizada.
Segundo este estudo, apenas um terço dos portugueses não teve necessidade de ter um espaço dedicado ao trabalho/estudo. E dentro daqueles que tiveram de criar um novo espaço para trabalhar ou estudar, fizeram-no na sala.
No que diz respeito à intenção de fazer mudanças em casa até ao final do ano, a sala, a cozinha e os quartos são as divisões-alvo. Mais de metade dos que pretendem redecorar ou remodelar a divisão querem fazê-lo na sala, seguindo-se a cozinha e os quartos.
No mesmo estudo é revelado que 2% dos portugueses tenciona mudar de casa, sendo que a principal razão apontada (47%) é para reduzir custos. Entre as principais justificações para decidirem mudar de casa está a intenção de ir para uma zona mais calma (20%), bem como estar mais próximo de familiares, em busca de maior apoio (20%). "ter mais espaço/mais divisões" e ter um "espaço exterior" são também apontados como causas para a procura de uma casa nova.
O Covid-19 obrigou as pessoas a adaptarem os seus hábitos e a casa passou a ter um papel mais relevante nas suas vidas. Já não é apenas o porto seguro de final de dia, é, muitas vezes, o único espaço onde circulam, seja para trabalhar, conviver ou descansar.
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