Preparar uma viagem vai além da marcação de voos, alojamento e da decisão dos locais a visitar. Sobretudo se for viajar para um destino de clima tropical ou com doenças endémicas, deve ir à consulta do viajante antes de partir.
Aí, vai receber informações importantes sobre medidas preventivas que deve tomar antes, durante a após a viagem. A consulta é essencial para todas as pessoas que vão para um local de risco e especialmente importante para grávidas, crianças, idosos e pessoas com doenças crónicas.
Quando devo ir à consulta do viajante?
Deve marcar a consulta do viajante um a dois meses antes da partida para alguns países localizados na África Subsariana, no Médio Oriente, na América do Sul e no Sudoeste Asiático. O médico fará uma análise individual que tem em conta as características e historial clínico de cada pessoa, o destino e o momento da viagem.
Esta consulta inclui:
- Vacinação ou toma preventiva de medicação contra múltiplas doenças de risco baixo ou inexistente em Portugal (como a vacina contra a febre amarela ou profilaxia da malária);
- Informação sobre higiene individual e cuidados a ter com a água e os alimentos;
- Aconselhamento e prescrição da farmácia do viajante que pode ou deve levar;
- Informações sobre assistência médica, riscos de acidentes e segurança ou outros nos destinos para que viaja.
Onde posso ir à consulta do viajante?
Existem consultas em cada uma das Administrações Regionais de Saúde nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. No entanto, poderá ter de se dirigir a um Centro de Vacinação Internacional para receber a vacina de que precisar.
Que documentos preciso de levar?
Quando for à consulta do viajante, deve levar consigo o documento de identificação, um documento com número de utente de serviço de saúde, o boletim individual de saúde e, se já tiver, o certificado internacional de vacinação.
Leia ainda: Registo do Viajante: O que é e para que serve?
Que vacinas tenho de tomar?
De acordo com o SNS 24, deve verificar se as crianças e os jovens até aos 18 anos têm as vacinas do Programa Nacional de Vacinação atualizadas. No caso dos adultos, recomenda-se que tenham atualizadas as vacinas contra o tétano e difteria e a vacina contra o sarampo. Além disso, é ainda recomendado ter as vacinas da hepatite B, papeira e rubéola, e gripe.
Dependendo do destino, podem ser recomendadas as imunizações contra a febre amarela, doença meningocócica, encefalite japonesa ou febre tifoide.
Vai viajar na Europa? Não se esqueça do cartão europeu de saúde
Não é exigida nenhuma vacina para viajar pela Europa, mas se vai fazê-lo, não se esqueça de levar o seu Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD). Válido nos 27 países da União Europeia, Islândia, Liechtenstein, Noruega, Suíça e Reino Unido, é a forma de garantir que recebe os cuidados médicos que se mostrem necessários e a pedir o reembolso das despesas nas mesmas condições que os nacionais do país onde se encontra.
Se, por exemplo, a assistência for gratuita para os cidadãos locais, sê-lo-á também para si. O CESD não tem qualquer custo e pode pedi-lo online ou presencialmente junto da Segurança Social.
No entanto, tenha em conta que o cartão europeu de saúde não substitui um seguro de viagem.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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