O preço das casas em Portugal continua a acelerar, enquanto a oferta de imóveis disponíveis no mercado também aumenta. Segundo os dados da Alfredo, o preço médio dos imóveis residenciais atingiu, em setembro, os 2.200 euros por metro quadrado (m2), o que traduz uma subida de 7,7% no último ano. Face ao mês anterior (agosto), o acréscimo foi de 0,3%.
O Índice de Preços Alfredo reúne informação de vários portais públicos de listagem e sites de agências imobiliárias com dados de transação que são posteriormente trabalhados utilizando algoritmos avançados de Inteligência Artificial, o que permite caracterizar a realidade do mercado imobiliário em Portugal de uma maneira nunca vista. O Doutor Finanças é parceiro da Alfredo no relatório emitido com dados em tempo real.
A contribuir para este aumento estiveram, sobretudo, os preços das moradias, que, apesar de terem descido ligeiramente no último mês (-0,3%), aumentaram 8,5% face a setembro do ano passado. O preço médio das moradias fixou-se em 1.194 euros por m2, muito abaixo, ainda assim, do valor médio dos apartamentos, que atingiu 2.961 euros por m2 no mês passado. Neste caso, trata-se de um crescimento de 4,9% no último ano, e de 0,4% face a agosto.
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Santarém lidera crescimento do preço das casas com aumento de 22,8%
Se, no território nacional, o crescimento médio foi de 7,7% nos últimos 12 meses, em algumas regiões o aumento dos preços foi bem mais acentuado. Como revelam os dados da Alfredo, em mais de metade das 18 capitais de distrito portuguesas, comprar casa ficou acima de 10% mais caro.
É o caso de Aveiro (11,4%), Braga (11,7%), Castelo Branco (17,8%), Faro (12,6%), Guarda (14,9%), Leiria (12%), Portalegre (12%), Viana do Castelo (15,5%), Viseu (12,2%) e, por fim, Santarém, que lidera esta lista, com uma subida de 22,8%. Também nas ilhas, o aumento de preços foi de dois dígitos, com o Funchal, na Madeira, a registar uma variação de 17,7% e Ponta Delgada, nos Açores, de 13,4%.
No polo oposto encontra-se Évora, que, entre os municípios analisados, foi aquele que registou a subida mais tímida, de 2,1%.
Tendo em conta apenas a evolução do último mês, dos 20 municípios considerados no Índice de Preços da Alfredo, 13 observaram aumentos de preços, cinco registaram descidas, e em dois os valores médios mantiveram-se inalterados.
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Oferta cresceu 10,5% no último ano
No último ano, a subida do preço das casas foi acompanhada por um aumento expressivo da oferta o mercado. Em setembro, havia 190.598 imóveis disponíveis para venda, o que representa um crescimento de 10,5% face aos 172.435 de setembro de 2022.
No mês passado, Lisboa foi a capital de distrito com o maior número de apartamentos no mercado, 12.951, e o Porto com o maior número de moradias, com 1.897. Já Portalegre, com 87 apartamentos e 240 moradias, foi o município com a menor oferta para os dois tipos de habitações.
Sem surpresas, foi também na capital portuguesa que os preços médios dos imóveis atingiram os valores mais elevados, uma média de 408 mil euros, no caso dos apartamentos, e 590 mil euros nas moradias.
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Évora é o município onde os imóveis se vendem mais rápido
Em setembro, Évora foi o município onde os imóveis demoraram menos tempo a ser vendidos. Em média, foram necessários 106 dias, cerca de três meses e meio. Naquela região, uma moradia demora, em média, 124 dias, a vender, e os apartamentos apenas 91 dias.
No caso dos apartamentos, as vendas só foram mais rápidas em Santarém, onde o tempo de absorção foi, em média, de 86 dias.
Em sentido contrário, o município onde os imóveis demoram mais tempo a ser vendidos é Ponta Delgada, com uma média de 181 dias, o equivalente a seis meses.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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