Preço das casas subiu 5% no primeiro semestre do ano

O preço das casas em Portugal cresceu 5% entre dezembro do ano passado e junho deste ano, um período em que a oferta de imóveis disponíveis no mercado também aumentou.  

Segundo os dados da Alfredo, o preço médio por m2 nas principais capitais de distrito foi de 2.868 euros em junho, o que compara com 2.730 euros em dezembro.

O Índice de Preços Alfredo reúne informação de vários portais públicos de listagem e sites de agências imobiliárias com dados de transação que são posteriormente trabalhados utilizando algoritmos avançados de Inteligência Artificial, o que permite caracterizar a realidade do mercado imobiliário em Portugal de uma maneira nunca vista. O Doutor Finanças é parceiro da Alfredo no relatório emitido com dados em tempo real.

No que respeita à oferta, havia cerca de 200.097 casas no mercado em junho, acima dos 173.293 imóveis disponíveis no final do ano passado.

Ponta Delgada liderou subida do preço das casas

Olhando para a evolução dos últimos 12 meses, o preço das casas em Portugal aumentou 8,1% em junho, depois dos crescimentos homólogos de 7,1%, 8,8% e 6,5% nos três meses anteriores.

Entre as 20 regiões analisadas (18 capitais de distrito e Ilhas), os preços subiram em 17 e caíram em três: Castelo Branco, Portalegre e Vila Real. Em Castelo Branco, o preço por m2 desceu 21,5% em junho face ao mesmo mês do ano passado, para 413 euros, a média mais baixa do território nacional. Em Portalegre, o decréscimo foi de 16,1%, e em Vila Real de 2,4%.

Do lado das subidas, Ponta Delgada liderou o ranking com um crescimento homólogo de 20,9%, seguida por Aveiro (19,7%), Viana do Castelo (18,2%) e Leiria (15,4%).

Lisboa (4.867 euros), Porto (3.288 euros) e Funchal (3.012 euros), as três regiões com preços mais elevados, viram os custos aumentar 5,8%, 9% e 12,9%, respetivamente, face a junho de 2023.

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Preço dos apartamentos cresce mais do que das moradias

No último ano, o preço dos apartamentos vendidos em Portugal subiu 7,7% para 3.495 euros por m2, enquanto o das moradias aumentou 7,4% para 1.537 euros.

No que respeita aos apartamentos, Lisboa foi o município com o valor médio mais elevado, 430.000 euros, e com a maior oferta, totalizando 14.098 apartamentos no mercado. Portalegre destacou-se no extremo oposto, com o preço médio mais baixo do território nacional, 102.000 euros, e como a região onde os apartamentos mais tempo demoram a ser vendidos: 203 dias, o equivalente a quase sete meses.

Quanto às moradias, o Porto foi a capital de distrito com a maior oferta no mercado, 1.793, enquanto Portalegre, com 277, foi a região com o número mais baixo. Relativamente aos preços médios, Lisboa foi o município com o valor mais elevado, 592.000 euros, em contraste com o preço médio de 42.500 euros na Guarda, a capital de distrito com o preço médio mais baixo e o tempo de absorção mais elevado, cerca de 246 dias. Tanto no caso dos apartamentos como das moradias, Évora é o município com menor tempo de absorção, com uma média de, respetivamente, 91 e 131 dias.

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Leiria tem a maior margem de negociação de preços

De acordo com a Alfredo, Leiria foi a região com a margem de negociação de preços mais elevada do território nacional, em junho, de 17,8%. A margem de negociação é o desconto esperado entre o preço de listagem (asking price) e o valor pelo qual a transação vai fechar.

A seguir a Leiria, surgem Setúbal, a Ilha da Madeira e a Guarda com as margens mais altas, de 15,6%,15,4% e 14,4%, respetivamente.

Em sentido contrário, as regiões com as margens mais estreitas são Viseu (0,69%), Coimbra (1,91%) e Faro (2,22%).

Nota: Em abril de 2024, a Alfredo alterou a sua fórmula de cálculo do preço médio dos imóveis vendidos em Portugal, de forma a refletir a prevalência de um maior número de apartamentos em relação a moradias nos 20 municípios analisados. Assim, o valor médio de março, de 2.312 euros, passa a 2.710 euros, aplicando a nova metodologia, enquanto o preço ajustado de dezembro de 2023 é de 2.730 euros.

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