O primeiro “detalhe” a considerar se planeia fazer uma viagem à Ásia está diretamente relacionado com a sua extensão geográfica - trata-se mesmo do maior dos 5 continentes! De uma diversidade invulgar, estamos a falar de um território com potencial para marcar um antes e um depois na vida do viajante. Apesar disso, viajar pela Ásia pode ser económico. Vamos ajudá-lo a planear a sua viagem a este vastíssimo continente.
O número elevado de países - por onde começar?
São quase cinco dezenas. O continente asiático é constituído por nem mais nem menos do que 48 países! Mesmo cientes disso, o maior erro dos viajantes que procuram este destino é querer ver tudo.
A verdade é que, a não ser que o seu orçamento seja ilimitado, o primeiro passo que deve dar é fazer a escolha do país ou dos países que vai efetivamente visitar.
Se já se está a sentir desiludido com a perspetiva de circunscrever a sua viagem a menos cidades e países, permita-nos dizer-lhe que apenas o Leste e o Sudoeste asiáticos são 60% maiores, em tamanho, do que a Europa. Na Europa, um voo entre capitais pode demorar de 1 a 3 horas; mas um voo entre Honk-Kong e o Tóquio demora 5 horas! Em suma, recomendamos que visite, no máximo, dois países.
Os países mais caros são o Japão, Hong Kong e Coreia do Sul. De entre os mais populares, a China e a Índia são opções mais amigas do orçamento, onde lhe será possível planear estadias mais longas. Para estes países, as viagens de avião poderão mesmo ser o maior investimento das suas férias, mas a estadia em si não terá um custo significativo.
Prepare as suas finanças para acomodar uma viagem à Ásia
Pela grande distância entre Portugal e o continente asiático, a maioria dos viajantes considera passar duas semanas ou mais em viagem naquele destino. A nossa primeira dica é que se organize financeiramente para poder permanecer na Ásia durante um período extenso de tempo.
Comprar a viagem de avião - como conseguir preços convidativos?
Comprar viagem com máxima antecedência nem sempre significa conseguir os preços mais vantajosos. Dizem os especialistas que a viagem deverá ser comprada com 30 a 60 dias de antecedência. De facto, o planeamento antecipado das férias poderá ser o seu melhor aliado: diz quem sabe que os preços dos voos atingem mínimos cerca de 52 dias antes da data de descolagem. Trocando esta informação por miúdos, significa que deverá comprar o seu voo mês e meio antes da viagem que pretende fazer.
Ler mais: 9 formas de poupar nas viagens de avião
Procure você mesmo, sem recorrer a intermediários
Uma das chaves para conseguir planear umas férias baratas passa por fazer algum trabalho de pesquisa e planeamento prévio por sua conta.
Evite as agências de viagens, as tours, e qualquer outro serviço que ofereça pacotes pré programados. O trabalho que terá não será assim tanto, e poderá vir a ser realmente compensador, especialmente para a sua carteira. Mas não só: uma sólida pesquisa permitirá desfrutar de experiências mais próximas da vivência quotidiana e local das cidades que vai visitar.
Lembre-se: as melhores sugestões são dos residentes e locais! Muitas pessoas desejam conhecer as cidades como se fossem habitantes das mesmas, ou seja, como locais. E a verdade é que só quem vive permanentemente numa cidade conhece os recantos escondidos; e só nestes locais menos turísticos é possível encontrar os preços mais acessíveis. Verifique o site Spotted by Locals e a secção de Experiências do Airbnb e deixe-se surpreender.
Seguro de viagem: um investimento que vale a pena fazer?
Muitas pessoas dispensam o seguro de viagem, no entanto, quando temos pela frente uma viagem à Ásia, o ideal é mesmo fazer este investimento que pode poupar-lhe alguns dissabores. No momento em que entrar num tuk-tuk nas ruas atribuladas de Delhi vai agradecer tê-lo feito.
Ler mais: Vale a pena contratar um seguro de viagem?
Usar o cartão de crédito
É sempre aconselhável levar algum dinheiro consigo, de preferência em dólares, pois apesar de esta moeda atualmente estar em baixa comparativamente com o Euro ou a Libra Inglesa, é mais aceite na maioria dos países asiáticos. Desta forma, estará preparado comprar qualquer coisa de que precise à chegada, e não será apanhado desprevenido em caso de emergência.
Na Ásia é cada vez mais fácil utilizar o cartão de crédito para as despesas diárias que realize em compras ou restaurantes, por exemplo. Mas sem dúvida que irá necessitar de dinheiro local para adquirir bilhetes de autocarro, entradas para museus, snacks durante o dia, entre outras pequenas despesas.
Usar as máquinas Multibanco na Ásia
Encontrará máquinas Multibanco (“ATM”) um pouco por todo o lado, e se as usar deverá fazer levantamentos menos frequentes e de maiores quantias, evitando as taxas associadas ao levantamento de dinheiro. Mas atenção: são impostos limites ao levantamento de dinheiro.
Recomendamos que levante o máximo possível de cada vez de forma a garantir que em zonas mais remotas da Ásia não fica desprovido de dinheiro. Ao mesmo tempo, é aconselhável ter notas baixas e moedas no bolso para pequenas compras, como viagens de richshaw.
Recomendamos que contacte o seu banco para avisar que vai viajar para a Ásia e quais são os cartões de crédito que pretende levar consigo; desta forma, evitará que bloqueiem o seu cartão caso detetem movimentações inesperadas originadas no continente asiático.
A maioria dos ATM’s reconhece cartões Cirrus, Maestro, Visa ou Mastercard. Recomendamos que fale com o seu banco antes da viagem para confirmar se o seu cartão pode ser usado no país asiático onde vai passar férias.
Ler mais: Cuidados que deve ter quando utiliza o multibanco
Dicas para fazer câmbio de dinheiro na Ásia
A nossa principal dica a este respeito é: tome decisões informadas. Saiba a taxa de conversão entre moedas antes de se dirigir ao balcão! Outros aspetos importantes incluem não aceitar notas danificadas, contar cautelosamente o dinheiro antes de abandonar o balcão de troca (mesmo que tenha pessoas na fila para trocar dinheiro), e pedir um recibo do câmbio que acabou de fazer.
Como viajar dentro da Ásia e onde comprar viagens de comboio
A maioria das viagens de avião só de ida é 50% mais barata do que as viagens de ida e volta, pelo que se torna conveniente atravessar mais do que um país numa sequência de voos apenas de ida.
Dentro de cada país os sistemas de transporte ferroviário podem ser mais ou menos desenvolvidos e as viagens relativamente económicas: no Japão, na Coreia e na China terá excelentes hipóteses de viajar confortavelmente e de forma rápida de comboio. Na China pode ser complicado e confuso comprar bilhetes de comboio nas estações. Use o China DIY Travel ou, se possível, compre os bilhetes de comboio com antecedência aqui.
A sua capacidade de negociação irá ajudá-lo a baixar os preços!
No sudoeste asiático e na China, a negociação de preços é uma prática comum, e, para um visitante, dominar este costume pode significar a diferença entre uma viagem cara e uma viagem barata. Prepare-se para não encontrar os preços afixados em parte nenhuma nas lojas que visitar, e para ser confrontados com preços elevados quando questiona quanto custa um determinado artigo. A ideia a reter é que estes são preços de entrada, que deverão depois ser negociados (regateados) pelo cliente até se chegar a um bom acordo para ambos.
Pedir crédito para férias: sim ou não?
Se não dispõe de dinheiro para investir no imediato nas suas férias, pode considerar pedir um crédito pessoal. Mas atenção: a solicitação de um empréstimo deve ser muito ponderada. Aqui ficam as nossas sugestões para comprar as suas próximas férias com responsabilidade:
- Use sempre um simulador de crédito pessoal;
- Contacte pessoalmente os bancos e compare todas as condições, tendo em especial atenção ao valor das taxas de juro praticadas, à prestação mensal, comissões e restantes despesas associadas, pois todas elas irão encarecer o seu empréstimo;
- Evite ultrapassar os 40% do seu rendimento mensal para o pagamento do crédito pessoal;
- Crie uma conta de poupança para baixar o mais possível o valor a pedir emprestado, e sobretudo planeie as férias com a maior antecedência possível.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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