O mercado imobiliário residencial continua a dar sinais de crescimento. Os preços das casas mantêm a tendência de aumento, depois de 2021 ter sido um ano histórico para o mercado nacional, de acordo com os dados da Alfredo.
Os dados da Alfredo revelam que os preços médios da habitação em Portugal aumentaram em março, elevando para 3,5% o crescimento no primeiro trimestre do ano. O preço médio da habitação situou-se nos 2.094 euros por metro quadrado no final do período em análise.
O Índice de Preços Alfredo reúne informação de vários portais públicos de listagem e sites de agências imobiliárias com dados de transação que são posteriormente trabalhados utilizando algoritmos avançados de Inteligência Artificial, o que permite caracterizar a realidade do mercado imobiliário em Portugal de uma maneira nunca antes vista. O Doutor Finanças é parceiro da Alfredo no relatório emitido com dados em tempo real.
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Março foi o mês com maior crescimento
Analisando os dados dos primeiros três meses do ano, o mês de março foi o que registou o maior aumento entre os meses em análise.
Os dados da Alfredo apontam para um crescimento em todos os meses, prolongando a tendência registada em 2021, ano em que o aumento foi de 5,7%, tendo sido um ano histórico, uma realidade já corroborada pelos dados oficiais do INE referentes ao ano passado.
O aumento contínuo dos preços médios da habitação nestes primeiros meses colocaram o preço médio nacional nos 2.094 euros, o que significa que para comprar uma casa de 100 metros quadrados, em média, o valor está nos 209.400 euros.
Ainda assim, as realidades nas capitais de distrito são muito distintas, existindo diferenças de preços significativos entre as várias regiões.
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Preços em Lisboa oito vezes mais altos do que na Guarda
Lisboa surge, sem surpresas, como a capital de distrito onde os preços praticados são mais elevados em todo o território nacional. O preço médio praticado nesta região é de 3.608 euros por metro quadrado. Do lado oposto está a Guarda, com o preço mais baixo entre as capitais de distrito (416 euros por metro quadrado), cujo preço é oito vezes inferior ao praticado em Lisboa.
Analisando apenas os dados de março, nas 20 capitais de distrito analisadas, apenas três registaram redução de preços : Guarda (-1,4%), Coimbra (-1,1%) e Vila Real (-0,8%). Entre as capitais com maiores aumentos, destaque para Évora (3,9%), Ponta Delgada (2,9%) e Beja (2,6%).
Analisando os dados por tipo de habitação, o preço dos apartamentos aumentaram 1,3% em março para 2.684 euros, enquanto o valor médio das moradias cresceu 1,2% para 1.077 euros.
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Funchal é onde se vendem as casas mais depressa
Outro dado que é possível aferir através do índice da Alfredo é o tempo médio de absorção dos imóveis. O Funchal é a capital de distrito onde o tempo é menor (122 dias). Nesta capital, em média, uma casa está quatro meses no mercado até ser vendida.
Já Portalegre é onde os imóveis demoram mais tempo entre serem colocados à venda e se concretizar efetivamente a operação: 209 dias, ou seja, quase sete meses.
Os dados da Alfredo permitem, assim, verificar que o mercado imobiliário em Portugal continua dinâmico, com os preços a crescerem de forma progressiva. A tecnologia usada permite acompanhar o comportamento do mercado, usando informação com base nos valores das transações efetivamente realizadas.
"O mercado residencial português continua a apresentar uma forte dinâmica ocupando o 8.º lugar no ranking do FMI das subidas do imobiliário a nível mundial. O Índice de Preços Alfredo, do qual o Doutor Finanças faz parte, provou ser uma ferramenta importante para quem tenta antecipar os movimentos do mercado antes dos dados oficiais", salienta Gonçalo Abreu, um dos co-fundadores da Alfredo.
A Alfredo vai agora exportar esta tecnologia para os mercados de Espanha e Inglaterra, de forma a ser possível acompanhar a dinâmica destes mercados da mesma forma.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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