Em quatro anos, um deles em pandemia, as energias renováveis permitiram que os consumidores poupassem 6,1 mil milhões de euros. Assim, o estudo da consultora Deloitte conclui que, de 2016 a 2020, o preço de venda da eletricidade teria sido, em média, 24€/MWh superior ao preço de venda que se verificou devido à incorporação das renováveis.
“Considerando que o diferencial entre a poupança obtida com a presença da PRE renovável em mercado e o sobrecusto da PRE renovável é de 0,009 €/kWh, significa que as PRE-FER podem gerar poupanças anuais na fatura da eletricidade de até 50 euros para um consumidor doméstico e de até 4.500 euros para um consumidor não-doméstico”.
APREN - Impacto da Energia Renovável
Renováveis trazem mais poupança em pandemia
Em 2016 a poupança foi de 389 milhões de euros, mas, em 2017 baixou para os 170 milhões de euros. Contudo, em 2018 os consumidores pagaram menos 284 milhões de euros e em 2019, a poupança voltou a baixar para os 144 milhões de euros. Ainda assim, a maior poupança aconteceu mesmo em plena pandemia, no ano passado, devido à quebra de consumo de energia: 684 milhões de euros.
A Associação de Energias Renováveis (APREN), encomendou o estudo, com o objetivo de quis analisar o impacto das chamadas energias limpas nos vários setores: desde a fatura do cliente final ao emprego, passando pela dependência energética e fiscalidade e, claro, a dimensão ambiental.
Mas as poupanças financeiras não se ficam por aqui: só em importações de carvão e gás natural, deixaram de se gastar cerca de 4,1 mil milhões de euros. Da mesma forma, e fazendo a estimativa a uma década (2020-2030), o documento aponta que as renováveis evitaram a importação de 19 mil milhões de euros de combustíveis fosseis. Além disso, o ambiente também beneficiou, com a emissão de menos 76 milhões de toneladas equivalentes de CO2.
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Renováveis empregam mais de 50 mil pessoas
O estudo conclui ainda que a contribuição das renováveis para a economia portuguesa foi de uma média de 3,7 mil milhões de euros ao ano, (1,9% do PIB), conseguindo uma média de 45 mil empregos, ainda que, por causa da pandemia, em 2020 tenha havido um corte no número postos de trabalho.
Finalmente, com o crescimento previsto da potência instalada e da geração de eletricidade de fonte renovável para os próximos anos, o documento estima que em 2030 as contribuições anuais para a Segurança Social e IRS provenientes do setor alcançarão mais de 1,6 mil milhões de euros e 1,3 mil milhões de euros, respetivamente.
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