A Euribor tem vindo a revelar uma tendência decrescente desde maio de 2024. A descida tem sido promovida pelo Banco Central Europeu (BCE) que, em junho e em setembro, determinou a redução das taxas de juro de referência na Zona Euro. Mas como é que isto se reflete nos empréstimos das casas dos portugueses? E uma vez invertida a escalada da Euribor, vale a pena ponderar a transferência do crédito habitação?
Euribor mais próxima dos 3%. E agora?
Apesar da tendência de descida, os próximos meses ainda são incertos no que respeita a novas quedas significativas nas taxas de juro. Em setembro e outubro, a Euribor aproximou-se dos 3%, o que, para muitas famílias, já se traduz num pequeno alívio nas prestações.
Por exemplo, num empréstimo de 200 mil euros, a 30 anos, com um spread de 0,75% e Euribor a 6 meses, a prestação passa de 1.031 euros para 975 euros, em outubro. Trata-se de uma poupança de 56 euros mensais.
Um cenário alternativo para este empréstimo seria a transferência do crédito para uma entidade que ofereça taxa mista, com um período de taxa fixa de 2 anos, a 3%. Neste cenário, a prestação desceria para 843 euros. Uma poupança de 131 euros mensais. Podemos argumentar que esta opção fixa a prestação por 24 meses e, nesse período, a Euribor pode baixar ainda mais. No entanto, só deixa de compensar quando a Euribor caia abaixo dos 2,25% (que somando com os 0,75% de spread, completam os 3% de taxa fixa). E um recuo dessa dimensão pode ainda demorar vários meses. Cabe a cada cliente analisar o que é mais vantajoso.
E quem fixou a taxa em 2022 e agora volta à taxa variável?
Muitos portugueses fixaram a taxa no último trimestre de 2022, quando a Euribor começou a escalar. E vêem-se agora num cenário de taxa variável, que pode ser ou não mais favorável, consoante as condições que conseguiram na altura. Quem se encontra nesta situação beneficia em analisar o mercado e procurar alternativas. Isto porque os bancos estão, neste momento, muito mais competitivos e com condições mais atrativas (como spreads a rondar os 0,5%). Além de que quem volta à taxa variável tem, até ao final do ano, a vantagem de poder amortizar sem penalização (de 0,5% sobre o capital amortizado). O que já não acontece com quem tem taxa fixa aplicada.
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