Black Friday: O que fazer para que os descontos não saiam caros

A Black Friday é uma data cada vez mais popular entre os consumidores portugueses. As campanhas anunciadas prometem descontos imperdíveis e atraem muitas pessoas às lojas físicas e online.

Contudo, é essencial agir racionalmente e tomar decisões ponderadas. Caso contrário, existe o risco de que as promoções se transformem em despesas imprevistas. Assim, uma das palavras-chave nesta altura é planeamento.

Faça uma lista antes do início das promoções

Na preparação da Black Friday, é importante fazer uma lista daquilo de que realmente precisa. Comece a fazer esta lista com alguma antecedência, ou seja, ainda antes do início da época de promoções. Dessa forma, vai conseguir fazer uma análise mais fria sobre aquilo que realmente lhe faz falta. Ao elaborar a lista sem a "pressão" das promoções, a probabilidade de ceder a algum capricho é menor.

Além disso, é uma oportunidade para perceber quais os preços que as lojas estão a praticar antes da Black Friday. Quando chegar o momento de comprar, vai ter a certeza sobre se aquele desconto é real e se vale a pena. O resultado é uma tomada de decisão mais informada.

Sobre que preço deve incidir o desconto?

Sabia que, de acordo com a legislação, os descontos anunciados devem ter como referência o preço mais baixo pratico pela loja nos últimos 30 dias consecutivos? Vamos tomar como referência a data da Black Friday em 2023: 24 de novembro.

Se, no dia 27 de outubro, um produto tiver estado à venda por 300 euros e a partir do dia 28 do mesmo mês ficar à venda por 450 euros, a loja só pode anunciar uma promoção na Black Friday se o vender por menos de 300 euros.

Do mesmo modo, a lei obriga a que seja "indicada de modo inequívoco, a modalidade de venda, o tipo de produtos, o preço mais baixo anteriormente praticado, bem como a data de início e o período de duração".

Se usarmos o mesmo exemplo de cima, o valor anunciado como preço anterior teria de ser 300 euros. Ou seja, se na Black Friday o produto estiver à venda por 225 euros, o desconto anunciado deve ser de 25% e não de 50%.

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Saiba quanto pode gastar

Não basta fazer uma lista dos produtos que quer comprar. Definir um orçamento é igualmente essencial. Tenha em conta as suas despesas mensais para saber quanto dinheiro pode destinar para as compras da Black Friday. Ter esta noção é importante para evitar as compras por impulso.

Por fim, é importante que esteja preparado para negociar... consigo mesmo. Isto porque o limite que definiu pode não chegar para comprar tudo aquilo que pôs na lista.

Sabe quantas horas de trabalho lhe custa um produto?

Não há dúvidas de que a Black Friday tem promoções que valem a pena. No entanto, não se esqueça de que é também um apelo ao consumo. Por vezes, é tentador ir além da lista que definimos e aproveitar aquele "desconto imperdível" num artigo em que nunca tínhamos pensado. Aqui, é importante ser racional e questionar a real utilidade dessa compra.

Uma estratégia interessante é fazer as contas ao número de horas de trabalho que um produto custa.

Imaginemos que vê um artigo à venda por 240 euros. Se trabalhar 40 horas por semana e ganhar 1.000 euros por mês, essa compra equivale a cerca de quatro dias de trabalho. Saiba mais no nosso Desmotivador de Compras e perceba se o esforço compensa a utilidade da aquisição.

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