Poupança

Poupar dinheiro em casa: Um guia para controlar as contas

Poupar dinheiro é um desafio para muitas famílias. Por isso, preparámos um guia com algumas dicas para ajudar nesta tarefa.

Poupança

Poupar dinheiro em casa: Um guia para controlar as contas

Poupar dinheiro é um desafio para muitas famílias. Por isso, preparámos um guia com algumas dicas para ajudar nesta tarefa.

As despesas domésticas têm um peso considerável nos orçamentos das famílias. Entre as contas da água, eletricidade, gás, telecomunicações e alimentação, poupar dinheiro torna-se um desafio para muitas pessoas.

Ainda assim, se adotar algumas estratégias e prestar atenção a alguns pormenores, pode conseguir reduzir estes gastos. Neste guia, partilhamos algumas dicas e explicamos ainda o que lhe é cobrado nas faturas dos diferentes serviços.

Poupar dinheiro no consumo de água

Além da preocupação com a carteira, o gesto de poupar água deve também estar associado a uma preocupação ambiental. Numa altura em que é cada vez mais frequente assistirmos a períodos de seca, consumir água de forma responsável é essencial.

Vamos então ver o que pode fazer para poupar dinheiro e ser mais sustentável.

Leia ainda: Economizar no dia a dia: 6 dicas para reduzir os gastos

Verificar se as torneiras estão bem fechadas

É um gesto simples, mas que já vai garantir alguma poupança. Por vezes, fechamos mal as torneiras sem nos apercebermos. Uma gota aqui e outra ali, que parecem quase insignificantes. No entanto, no final do dia, pode representar um desperdício de até 46 litros de água.

Se tivermos em conta que um duche de cinco minutos gasta quase a mesma quantidade, conseguimos perceber bem o impacto de uma torneira mal fechada.

Preferir o duche ao banho de imersão

Vamos considerar um chuveiro com um caudal de oito litros por minutos. Se já costuma usar o duche, reduzir o tempo do banho de 10 para cinco minutos equivale a uma poupança de água de 40 litros. Além disso, se compararmos esse duche com um banho de imersão, a poupança é ainda mais significativa.

Se tivermos em conta que podem ser precisos 150 litros para encher uma banheira, percebemos que um banho de imersão equivale a quase quatro banhos de duche com a duração de cinco minutos.

Por fim, a água fria que sai enquanto espera que o esquentador faça o seu trabalho não tem de ser desperdiçada. Aproveite-a para regar as plantas, lavar o chão ou encher o autoclismo.

Leia ainda: Gaste menos água em casa e poupe muito mais euros do que imagina

Desligar a torneira enquanto põe o champô e lava a loiça

Evite ter a água a correr quando não está a precisar dela. São exemplos disso os momentos em que está a pôr o champô e o gel de banho, enquanto lava os dentes ou quando está a passar detergente na loiça. Segundo a segundo e minuto a minuto, são muitos os litros que vai acabar por poupar com estes pequenos ajustes.

Usar as máquinas de lavar apenas quando estão cheias

Aqui, trata-se sobretudo de otimizar o uso de água. Se usar as máquinas quando não estão cheias, o gasto de água vai manter-se, mas a quantidade de roupa ou de loiça lavada será menor. Ou seja, vai estar a gastar o mesmo... mas a fazer menos.

Assim, usar as máquinas de lavar apenas quando estão cheias é uma das estratégias para poupar água e dinheiro.

Instalar compressores redutores de caudal

Lembra-se do duche de cinco minutos que gasta 40 litros de água? Se instalar um redutor de caudal para que o fluxo passe a ser de 6,5 litros por minutos, o gasto de água nesses cinco minutos passa para 32,5 litros.

Agora, multiplique esses 7,5 litros pelo número de banhos que toma por ano e faça as contas a quantos litros de água (e euros) vai poupar. Saiba ainda que estes dispositivos também podem ser instalados nas torneiras. Assim, se o fizer, a poupança será ainda maior.

Leia ainda: 5 gadgets que ajudam a poupar a curto, médio e longo prazo

Trocar para autoclismo de dupla descarga

Outra melhoria que pode fazer é instalar um autoclismo de dupla descarga. Este dispositivo permite poupar 50% de água, uma vez que tem a opção de fazer apenas meia descarga em vez de uma descarga completa.

Leia ainda: Conheça 10 dicas para poupar água em tempos de seca

Video Thumbnail
ícone do formato do post

O que vai encontrar na fatura da água?

Nem sempre é fácil perceber as faturas que chegam a casa. Entre as várias informações e valores apresentados, nem todos os consumidores sabem o que estão realmente a pagar e a quem estão a fazê-lo.

No caso da conta da água, há três destinatários: a empresa fornecedora, a câmara municipal e o Estado.

Abastecimento pela fornecedor

Pelo abastecimento, vai pagar uma tarifa variável e uma tarifa fixa. A tarifa variável é calculada em função do volume de água fornecido.

Já a tarifa fixa tem em conta o tipo de utilizador e o calibre do contador e serve para compensar o fornecedor do serviço de água pelos custos necessários relativos à construção, manutenção e ampliação das infraestruturas para uma correta prestação do abastecimento de água.

Dependendo da empresa, esta tarifa pode ter diferentes nomes, como quota de disponibilidade, quota de serviço, tarifa de disponibilidade ou tarifa de utilização.

Pagamentos à câmara municipal

Na fatura da água vai também encontrar valores destinados à câmara municipal: são o saneamento e a taxa de resíduos sólidos urbanos. Tanto num caso como no outro existem tarifas fixas e variáveis.

As primeiras correspondem ao valor cobrado pela utilização mensal do serviço e as segundas são calculadas de acordo com o escalão de consumo de metros cúbicos de água faturada.

Dependendo do seu fornecedor, estas tarifas podem aparecer discriminadas ou já somadas nas parcelas de saneamento e de resíduos sólidos urbanos.

Pagamentos ao Estado

Ao Estado são devidas a taxas de recursos hídricos (TRH) e a taxa de gestão de resíduos (TGR). A taxa de recursos hídricos divide-se em TRH Água e TRH Saneamento e representa o valor pago pelas entidades fornecedoras de água e saneamento às autoridades ambientais pela utilização destes recursos.

Por fim, a TGR incide sobre a quantidade de água faturada e serve para pagar os custos ambientais associados à gestão de resíduos.

Leia ainda: Quais as despesas que paga na sua fatura da água?

Chuveiro de uma casa de banho com a água a sair

Poupar no consumo de eletricidade

De acordo com o último Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico (2020) do Instituto Nacional de Estatística (INE), a eletricidade representa uma despesa média de 751 euros anuais. É, aliás, a principal fonte de energia usada no setor doméstico, representando 46,4% do consumo total de energia.

Assim, usar a eletricidade de forma regrada é essencial para poupar dinheiro ao final do mês. Aqui, uma das estratégias é a mesma que se usa para poupar água: apenas usar as máquinas de lavar roupa e loiça quando estiverem cheias.

Escolher eletrodomésticos com melhor desempenho energético

Quando for comprar um novo eletrodoméstico, preste atenção à etiqueta energética. A eficiência é medida numa escala de A (o melhor) a G (o pior). Apesar de os produtos mais eficientes serem, por vezes, mais caros do que os menos eficientes, pense na poupança de energia que pode conseguir.

Trocar lâmpadas incandescentes por LED

Além de serem mais eficientes e, por isso mesmo, consumirem menos energia, as lâmpadas LED duram mais tempo do que as lâmpadas incandescentes. Ou seja, não só vai conseguir baixar a fatura da luz como ainda vai poupar dinheiro na troca de lâmpadas.

Apagar as luzes e não deixar equipamentos em standby

Duas dicas antigas, mas que valem sempre a pena recordar. Não se esqueça das luzes ligadas quando sair de uma divisão e evite deixar equipamentos eletrónicos em standby. Uma forma de facilitar a tarefa é ligá-los a uma tomada com interruptor e desligá-la de noite, por exemplo.

Secar a roupa ao sol

Sabemos que as máquinas de secar roupa dão muito jeito, sobretudo no inverno. Contudo, se não houver urgência de usar a roupa que acabou de lavar e o tempo na rua ajudar, aproveite o sol para reduzir o consumo de energia em casa.

Melhorar o isolamento térmico da casa

Em Portugal, muitas casas são demasiado frias no inverno e muito quentes no verão. Para combater o problema, é comum ligar o aquecimento ou o ar condicionado. No entanto, tanto um como outro representam um gasto de eletricidade.

Assim, investir no isolamento térmico da casa é uma das soluções para baixar a fatura da energia. A instalação de janelas eficientes, por exemplo, pode reduzir em cerca de 30% a energia consumida em sua casa.

Além disso, se o seu município atribuir este benefício, pode ter uma redução de IMI até 25%. Isto acontece quando a classe energética da casa é igual ou superior a A ou quando existe uma subida de, pelo menos, duas classes na sequência das obras.

Video Thumbnail
ícone do formato do post

Leia ainda: Como tornar a minha casa mais quente e poupar no final do mês?

Escolher uma tarifa de eletricidade ajustada às suas necessidades

A tarifa de eletricidade é algo a que deve prestar atenção para poupar dinheiro no final do mês. Em primeiro lugar, deve contratar uma potência adequada às suas necessidades. As mais comuns no mercado de consumo doméstico situam-se entre os 3,45 kVa e os 6,9 kVa.

Mas nunca deixe de avaliar a sua situação, uma vez que pode contratar potências mais baixas ou mais altas do que estas. Por exemplo, o simulador de preços de energia da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) diz-nos que o ideal para uma família composta por um casal de quatro filhos é uma potência de 13,8 kVA.

Depois de escolher a potência, escolha a tarifa. E se pensa que a bi-horária é sempre a melhor opção, desengane-se. Isto porque nas horas de vazio os preços são mais baixos, mas nas horas fora de vazio são mais caros do que na tarifa simples.

De forma resumida, as diferenças entre tarifas são as seguintes:

  • Tarifa simples: o preço é sempre o mesmo em todas as horas;
  • Tarifa bi-horária: existem dois preços diferentes. Um nas horas de vazio (mais barato) e outro nas horas fora de vazio (maio caro);
  • Tarifa tri-horária: a eletricidade é cobrada a três preços diferentes, consoante se trate de horas de vazio (mais barato), cheias (preço intermédio) ou de ponta (mais caro).

Se optar pela tarifa bi-horária ou tri-horária terá ainda de escolher se quer o ciclo diário ou o ciclo semanal.

Ciclo diário ou semanal?

No ciclo diário os períodos horários são os mesmos todos os dias da semana. Neste caso, a eletricidade é sempre mais barata entre as 22 horas de um dia e as oito horas do dia seguinte, tanto na tarifa bi-horária como na tri-horária.

Já no ciclo semanal há distinção entre dias úteis, sábados e domingos. Por exemplo, de segunda a sexta-feira, o vazio acontece entre a meia-noite e as sete da manhã, mas no domingo ocupa o dia todo.

De uma forma resumida, o ciclo diário garante 70 horas de vazio por semana e o ciclo semanal garante 76 horas.

Nota: Há também mudança dos períodos horários de acordo com a hora legal (inverno ou verão). Em relação às horas de vazio, afeta apenas o dia de sábado no ciclo semanal. Pode consultar todas as horas na página da ERSE.

O que vai encontrar na fatura da eletricidade?

Logo na início está o valor de cada componente da fatura: energia, serviços (como seguros ou assistência técnica, se for o caso), taxas e impostos. Vai também encontrar o valor total a pagar e a data limite para fazê-lo, bem como as informações relativas ao seu contador (leituras estimadas ou reais).

Mais à frente, pode ver a energia consumida no período de faturação e o preço que pagou por kilowatt/hora (kWh). Abaixo, está a informação sobre a potência contratada e a respetiva tarifa de acesso às redes. Esta tarifa, cujo valor é definido pela ERSE, é paga de forma igual por todos os consumidores, independentemente de estarem no mercado regulado ou no mercado liberalizado.

Nos campos seguintes estão as taxas e impostos que paga, como o IVA, a taxa de exploração da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o Imposto Especial de Consumo e a Contribuição Audiovisual. Esta ultima destina-se a financiar o serviço público de rádio e televisão e custa 3,02 euros (2,85 euros + IVA de 6%).

Se estiver no mercado liberalizado, vai ainda encontrar informações sobre o preço que pagaria pelo mesmo consumo no mercado regulado.

Video Thumbnail
ícone do formato do post

Leia ainda: Como escolher o melhor fornecedor de eletricidade para poupar?

Poupar dinheiro na fatura do gás

Olhando outra vez para o Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico do INE, vemos que o gás natural representa 12,4% do consumo de energia no setor doméstico e tem um peso médio de 296 euros anuais no orçamento das famílias.

Para poupar, pode adotar algumas estratégias na cozinha, na casa-de-banho ou até mudar de comercializador.

Controlar o uso de água quente

Esta dica relaciona-se diretamente com as que demos acima para poupar no consumo de água. Ao preferir o duche ao banho de imersão está a cortar no gás que seria necessário usar para encher uma banheira com água quente.

Da mesma forma, fechar as torneiras para pôr champô, gel de banho e lavar a loiça também tem impacto na fatura do gás.

Otimizar a fervura, controlar a cor da chama e ter atenção ao forno

Na cozinha, use apenas a quantidade de água necessária para os alimentos que está a cozinhar. É que quanto mais água estiver no tacho, mais tempo demora até começar a ferver. Ao mesmo tempo, pode acelerar o processo ao tapar o tacho.

Assim que a água estiver a ferver, pode baixar o lume e poupar gás. Além disso, sempre que for possível, prefira a panela de pressão. Ainda na cozinha, tenha atenção à cor da chama do fogão. Sabia que o ideal é que seja azul? Se, em vez disso, estiver amarela ou laranja, pode significar que existe alguma obstrução na passagem de gás ou de ar pelas bocas, resultando numa queima de gás superior à necessária.

Por fim, não abra o forno muitas vezes enquanto estiver a preparar alguma refeição.

Regular a temperatura do esquentador

Quando abre a água quente para tomar banho ou lavar a loiça costuma temperá-la com água fria? Se sim, significa que a temperatura do esquentador está muito alta, o que se reflete no consumo de gás. Ou seja, ajustar a temperatura do esquentador é também uma forma de poupar dinheiro.

Escolher equipamentos eficientes

Ter equipamentos eficientes é tão importante para poupar eletricidade como para poupar gás. De acordo com o portal Poupa Energia, gerido pela ADENE – Agência para a Energia, trocar um esquentador antigo por um de classe A, pode gerar uma poupança na ordem dos 37 euros anuais.

Da mesma forma, mudar um forno de classe D por um de classe A ajuda a cortar 80 euros por ano.

Mudar de comercializador

Mesmo que esteja a usufruir de descontos por ter contratado o fornecimento de gás e de eletricidade em conjunto, analise o mercado para perceber se pode compensar passar a pagá-los separadamente. No caso do gás natural, por exemplo, os preços no mercado regulado são, atualmente, mais baixos do que os do mercado livre.

De acordo com o simulador da ERSE, um casal sem filhos e com aquecimento central, em Lisboa, pode poupar entre 22,10 e 321,95 euros anuais no mercado regulado em relação àquilo que pagaria no mercado liberalizado.

Já um casal com filhos e aquecimento central, no Porto, pouparia entre 85,28 e 693,10 euros por ano. Assim, faça as contas e perceba o que é melhor para si.

Nota: Pode manter-se no mercado regulado até 31 de dezembro de 2025, data na qual está previsto o fim das tarifas reguladas de venda de gás natural.

Video Thumbnail
ícone do formato do post

Leia ainda: Poupar gás: 6 formas de aliviar a fatura

O que vai encontrar na fatura do gás?

A fatura do gás natural é semelhante à da luz e, se contratar os dois junto do mesmo comercializador, vai receber uma só fatura com os valores de ambos os serviços. Assim, numa parte da fatura tem acesso à leitura do contador e ao valor dos consumos.

Aqui, vai reparar que o contador regista o consumo em metros cúbicos, mas este é faturado em kWh. Para chegar ao valor final é usado um fator de conversão, cujo cálculo também aparece explicado na fatura.

Tem ainda a informação sobre qual o escalão de consumo em que se insere (do um ao quatro). Este escalão é ajustado anualmente pelo fornecedor com base nos consumos do ano anterior. Quanto mais alto for, maior a tarifa.

Por fim, vai encontrar os valores das taxas e impostos: IVA, Imposto Especial de Consumo de Gás Natural Combustível (IEC) e Taxa de Ocupação do Subsolo (TOS).

Nota: Tal como na eletricidade, a tarifa de acesso às redes é definida pela ERSE.

Leia ainda: Quer baixar a sua fatura do gás para metade?

bico do fogão a gás, a funcionar, sendo que este passa a ter preços máximos em botija

Poupar nas telecomunicações

Outro ponto para que deve olhar quando quer poupar dinheiro em casa é o gasto com telecomunicações. Se entrar agora nos sites das principais operadoras vai encontrar várias ofertas promocionais, embora os preços sejam praticamente iguais em todas. Assim, é importante ajustar o pacote às suas necessidades e tentar ao máximo pagar apenas por aquilo que usa.

Analisar os consumos habituais

Só vai conseguir tomar uma decisão consciente se tiver uma ideia dos seus consumos. Vamos a um exemplo: se tem um pacote com 20 GB de dados móveis, mas raramente usa internet fora de casa, será que compensa estar a pagar esse custo extra? Talvez um cartão com cinco ou 10 GB chegue perfeitamente para acomodar as suas necessidades.

Pelo contrário, se costuma esgotar frequentemente os dados móveis, talvez seja melhor atualizar o pacote contratado em vez de pagar, todos os meses, o valor extra cobrado por cada dia em que usa internet fora do plafond.

O mesmo acontece com os canais de televisão. Bem sabemos que alguns canais de que gostamos apenas estão disponíveis nos pacotes mais completos, mas se não for o seu caso, pode ajustar o contrato e poupar esse dinheiro.

Subscrever canais premium em conjunto

Está a pensar subscrever alguns canais premium? Então espreite a área de subscrição da sua box ou o site da sua operadora para perceber se há ofertas por subscrever mais do que um canal em simultâneo. É que, por vezes, aparecem pacotes que lhe permitem subscrever vários canais por um preço mais baixo do que pagaria se aderisse individualmente.

Mas atenção, faça-o apenas se já tinha a intenção de ter esses canais todos. Caso contrário, a aparente poupança acaba por não compensar.

Escolher a oferta de adesão ajustada às necessidades

Se está à procura de uma nova operadora, preste atenção às ofertas promocionais de adesão para perceber aquela que é mais vantajosa para si. Entre as mais populares estão a oferta de descontos durante determinado período (por exemplo, um desconto de 14 euros durante cinco meses, ou de três euros durante 24 meses) ou a oferta da primeira mensalidade.

Há ainda quem ofereça uma televisão ou que permita comprar uma por um valor mais baixo do que o preço normal de venda. Outra campanha de adesão cada vez mais popular é a oferta, durante alguns meses, de um serviço de streaming (normalmente Amazon Prime, Max ou Disney+).

Assim, é importante que faça as contas não só ao valor final, mas também às suas necessidades. Se estiver a precisar de uma televisão, por exemplo, pode compensar aproveitar essa oferta. Caso contrário, há de ser melhor escolher uma das outras opções.

Leia ainda: Telecomunicações: Poupe pagando só o que usa

O que vai encontrar na fatura das telecomunicações?

Na sua fatura de telecomunicações começa por encontrar o período de faturação, o valor total a pagar e a data até à qual deve fazê-lo. De seguida, é apresentado um resumo dos serviços cobrados nesse mês, distribuídos entre mensalidades e consumos extra. Se tiver valores em dívida, também são apresentados nesta área.

Mais à frente, pode consultar em detalhe a mensalidade e os consumos que terá de pagar. Na área de mensalidades, por exemplo, vai encontrar os preços do pacote que contratou, dos canais premium que tenha subscrito, dos cartões de telemóvel adicionais e dos equipamentos.

De seguida, encontra os detalhes dos consumos. Deve prestar atenção a esta área, pois é aqui que são descritos os consumos extraordinários que está a fazer e que estão a encarecer a fatura. É um exemplo disso o custo diário por usar internet móvel fora do plafond.

Se detetar algum consumo que não consegue identificar, contacte a sua operadora para esclarecer a situação e cancelar algum serviço que possa ter ativado sem saber.

Hoje, são comuns o pagamento por débito direto e a emissão de faturas digitais, mas não deixe que esse conforto se transforme em despesa. Visite regularmente a sua área de cliente para consultar as faturas, saber quanto está a pagar e fazer os ajustes que forem necessários para poupar dinheiro.

Leia ainda: Telecomunicações: Como mudar de operadora e que cuidados ter

poupar dinheiro telecomunicações

Poupar dinheiro nas refeições

Planear a semana, prestar atenção aos prazos de validade e aproveitar as sobras para fazer novos pratos ou levar comida para o trabalho são algumas das coisas que pode fazer para otimizar o orçamento destinado à alimentação.

Planear as refeições

Ao planear as refeições da semana antes de ir ao supermercado vai ter uma maior certeza daquilo que precisa de comprar e evita gastar dinheiro em ingredientes de que não vai necessitar. Além disso, pode aproveitar para preparar algumas refeições com antecedência.

Por exemplo, pode já deixar preparadas uma ou duas fontes de proteína (carne ou peixe) e outras duas de hidratos de carbono (massa ou arroz). Ao mesmo tempo, está também a otimizar o consumo de gás ou eletricidade, uma vez que vai cozinhar menos vezes durante a semana.

Usar produtos sazonais

Atualmente, estamos habituados a que os supermercados vendam quase todos os produtos durante o ano todo. No entanto, optar por produtos sazonais é a melhor opção para a sua carteira. Os produtos da época beneficiam de condições mais favoráveis e de um custo de produção inferior.

Assim, são também vendidos a um preço mais baixo do que os produtos não sazonais.

Leia ainda: Refeições saudáveis: Como conseguir poupar na sua confeção

Controlar os prazos de validade

Tenha sempre atenção ao prazo de validade dos produtos que tem em casa e dê preferência aos que estão mais perto do limite. Uma boa estratégia para evitar o desperdício é organizar os alimentos de acordo com o prazo de validade.

Seja na despensa ou no frigorífico, guarde os artigos com prazo mais curto à frente e aqueles que aguentam mais tempo atrás.

Diversificar as fontes de proteína

A carne e o peixe são as fontes de proteína mais populares, mas existem alternativas baratas e igualmente nutritivas. São exemplo disso os ovos, o grão-de-bico, o feijão e as lentilhas. Ao diversificar as fontes de proteína vai conseguir poupar dinheiro ao mesmo tempo que descobre novas receitas.

Aproveitar tudo dos alimentos

Combater o desperdício está também na forma como aproveita os alimentos. Por exemplo, pode aproveitar as cascas de legumes e caules para fazer caldos, os caroços e cascas de frutas para geleias, e algumas partes mais rijas dos legumes para fazer sopa.

Outra ideia é usar as cascas das batatas para fazer chips crocantes no forno. Estes são apenas alguns exemplos de como pode aproveitar cada produto ao máximo e em receitas diferentes.

Aproveitar as sobras

É capaz de ser uma das dicas mais antigas e que muitas famílias aplicam no seu dia a dia. No entanto, vale sempre a pena lembrar a importância de aproveitar as sobras de comida de outras refeições. Pode usá-las para criar novos pratos, para consumir ao jantar naquele dia em que chegou mais tarde a casa ou para levar para o trabalho durante a semana.

E se costuma ter dificuldade em lembrar-se de quando são as sobras, comece a criar etiquetas com a data em que foram confecionadas e colocadas no frigorífico.

Leia ainda: 10 dicas para poupar na alimentação com a subida de preços

jovem mulher no corredor do supermercado empurra o carrrinho de comprs qu decide com o telemóvel na mão enquanto consulta 5 sites de vales de desconto para supermercado e outros em Portugal

E no crédito habitação? Como poupar?

O crédito habitação tem um peso significativo no orçamento familiar, mas existem formas de aliviar este encargo. Seja através da transferência ou da renegociação, pode conseguir alterar condições como:

  • Prazo do indexante;
  • Spread;
  • Regime da taxa de juro;
  • Prazo de amortização do empréstimo;
  • Modalidade de reembolso.
Que condições posso renegociar no crédito habitação?
Ler mais

Por exemplo, numa dívida de 50 mil euros, a pagar em 30 anos e com indexante de 3,5%, baixar o spread de 1,2% para 0,8% resulta numa poupança de 28,52 euros, ou seja, 342,24 euros por ano e 10.267,20 euros de poupança no final do contrato.

Além destas condições pode também olhar para os seguros associados ao crédito habitação: vida e multirriscos. Normalmente, os bancos oferecem condições mais favoráveis, como um spread mais baixo, quando faz os seguros junto deles.

No entanto, faça as contas e perceba se compensa ter a apólice noutra segura. Se a poupança com os seguros for maior do que o aumento da prestação, vale a pena mudar.

Leia ainda: Quer renegociar créditos? Saiba o que deve fazer

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

Partilhe este artigo
Tem dúvidas sobre o assunto deste artigo?

No Fórum Finanças Pessoais irá encontrar uma grande comunidade que discute temas ligados à Poupança e Investimentos.
Visite o fórum e coloque a sua questão. A sua pergunta pode ajudar outras pessoas.

Ir para o Fórum Finanças Pessoais
Deixe o seu comentário

Indique o seu nome

Insira um e-mail válido

Fique a par das novidades

Receba uma seleção de artigos que escolhemos para si.

Ative as notificações do browser para receber a seleção de artigos que escolhemos para si.

Ative as notificações do browser
Obrigado pela subscrição

Queremos ajudá-lo a gerir melhor a saúde da sua carteira.

Não fique de fora

Esta seleção de artigos vai ajudá-lo a gerir melhor a sua saúde financeira.