Criptomoeda não é um investimento que se adeque a todos os perfis. A volatilidade, o desconhecimento da tecnologia, as expectativas sobre o futuro, serão alguns dos fatores mais referidos para justificar o não investimento.
Sendo assim, o primeiro investimento em criptomoeda é um passo importante e é expectável que as incertezas sejam o mais frequente. Felizmente, na era moderna da criptografia, ganhar alguma exposição às criptomoedas é mais fácil do que nunca, devido a um número crescente de empresas e instituições financeiras que abraçaram a moeda digital.
Apesar disto, também é possível investir em criptomoedas sem se expor diretamente.
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1. Investir em empresas que detêm criptomoedas nos seus balanços
A 11 de agosto de 2020, a empresa de business intelligence MicroStrategy tornou-se a primeira empresa, cotada em bolsa, a alocar uma parte dos seus recursos em bitcoin. Desde então, empresas de maior dimensão já adicionaram bitcoin aos seus balanços, nomeadamente a Tesla, o que permite aos investidores terem algum contacto com este investimento, ainda que de forma indireta. Adicionalmente, à medida que mais empresas decidem expor-se às criptomoedas (sobretudo bitcoin), ajudam a uma maior aceitação por parte do mercado.
Há várias empresas cotadas na bolsa que possuem bitcoins. Destacamos as seis com maior exposição:
- MicroStrategy – 105.085
- Tesla - 48.000
- Galaxy Digital Holdings – 16.402
- Square – 8.027
- Marathon Patent Group – 4.813
- Coinbase – 4.483
2. Investir em plataformas de negociação de criptomoeda
À medida que as criptomoedas se tornaram mais relevantes, também as empresas oferecem, de uma forma segura, a possibilidade de comprar e vender os ativos digitais.
Agora, muitas delas são também empresas negociadas publicamente (Robinhood, Coinbase), nas quais também se pode investir. Investir em plataformas como a Robinhood e a Coinbase, que dão aos utilizadores a capacidade de comprar e vender moedas digitais, pode ser um bom substituto ao investimento nas próprias moedas criptográficas. Além disso, com o crescimento da capitalização de mercado de todas as criptomoedas, as plataformas tendem a beneficiar, devido ao aumento do volume de transações.
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3. Investir em ETF
Um desenvolvimento relativamente recente no espaço criptográfico, é o aparecimento dos Exchange Traded Funds (ETF) que permitem exposição à bitcoin e empresas ligadas à Blockchain. Os ETF acompanham o desempenho de uma determinada indústria ou sector e podem ser adquiridos numa bolsa de valores.
Os ETF Blockchain acompanham o desempenho das empresas que estão a desenvolver e/ou a utilizar, ou beneficiam da tecnologia blockchain. Estes ETF incluem empresas menos conhecidas, tais como a Galaxy Digital Holding e a MicroStrategy, mas também nomes de bluechips como a Oracle, a IBM e a Nvidia - todos eles expostos à tecnologia subjacente que suporta Ethereum e Bitcoin (Blockchain Siren Nasdaq NexGen Economia ETF (BLCN), First Trust Indxx Innovative Transaction & Process ETF (LEGR))
4. Ganhar bitcoin enquanto vai às compras
Lolli é uma aplicação de recompensas, que permite ganhar bitcoins, ao fazer compras online. Esta plataforma, fundada em 2018, tem várias parcerias com marcas reconhecidas. Ao efetuar a compra, a Lolli recebe um fee, que divide com o comprador sob a forma de bitcoin. Atualmente, esta plataforma está apenas disponível nos Estados Unidos, mas com planos de expansão para o resto do mundo. Existem também, apesar de ainda não estarem disponíveis de forma massiva, cartões de crédito com recompensas sob a forma de bitcoin.
Como se pode verificar, se quiser dar os primeiros passos neste mercado, sem se expor diretamente, existem várias possibilidades para o fazer.
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