Já pensou em ser dono de uma pequena parte da Apple, da EDP ou da Galp? Pois bem, pode fazê-lo ao investir em ações dessas empresas. Estes instrumentos são uma das classes de ativos mais populares e podem ter um papel importante nas mais diversas estratégias de investimento.
É possível investir em ações de praticamente todos os setores e quase todas as geografias. Aliás, existem mais de 55 mil empresas com ações cotadas nas diferentes bolsas mundiais. E uma parte significativa está acessível aos investidores portugueses, já que os intermediários financeiros a operar no país dão acesso a dezenas de mercados.
Sem dúvida que investir na bolsa de valores pode ser uma das principais formas de maximizar os investimentos. No entanto, existem riscos. Nesse sentido, há cuidados a ter e é necessário perceber como funciona investir em ações.
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O que significa investir em ações?
Primeiro, temos de perceber o que são estes ativos. Uma ação é um título que representa uma fração do capital social de uma empresa. Estes instrumentos podem ser admitidos à negociação em bolsa e são uma forma de financiamento das empresas.
Explicando melhor: se uma empresa precisa de 100 milhões de euros para investir no seu negócio, pode obter esse financiamento através do mercado de capitais. Neste caso, tem a possibilidade de emitir 100 milhões de ações e vendê-las a um euro aos investidores numa oferta pública de subscrição, por exemplo, colocando-as depois a negociar na bolsa de valores.
Ou seja, investir em ações significa comprar uma fração do capital de uma empresa. Quem o faz torna-se, portanto, acionista.
Posteriormente, os acionistas iniciais poderão vender os títulos no mercado. Dessa forma, começa um ciclo em que diariamente são feitas operações de compra e venda dos títulos no mercado de ações. No caso das maiores empresas cotadas, são feitos negócios praticamente ao segundo, com os preços das ações a oscilarem ao sabor das expectativas dos investidores.
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O que pode influenciar o preço das ações?
Quando decidir investir em ações, tem de ter em conta um conjunto de fatores que podem influenciar o preço, nomeadamente:
- Alterações das previsões sobre os resultados financeiros da empresa;
- Mudanças na política de dividendos, ou seja, do valor dos lucros que as empresas distribuem pelos acionistas;
- Informações sobre eventuais operações de fusões e aquisições ou aumentos de capital;
- Expectativas sobre a evolução da economia, tanto global como regionalmente;
- Decisões dos bancos centrais.
O que devo saber antes de investir em ações?
São muitos os estudos a indicar que, historicamente, as ações são a classe de ativos que proporciona maiores ganhos. A rentabilidade pode ser obtida pela subida do preço dos títulos e pela distribuição de dividendos.
O reverso da medalha é que investir em ações tem riscos associados. Estes títulos podem desvalorizar ou, em caso de insolvência de uma empresa, pode perder-se todo o dinheiro investido. Contudo, existem algumas formas de limitar esse risco:
- Escolher um intermediário financeiro autorizado pelo regulador;
- Fazer contas aos custos com as comissões associadas ao investimento em ações e à fiscalidade aplicável;
- Ter um fundo de emergência alocado a produtos de baixo risco para evitar a necessidade de vender ações num momento desfavorável;
- Conhecer o negócio da empresa em que pondera investir;
- Consultar e interpretar a informação financeira da cotada que está no seu radar de investimento;
- Acompanhar regularmente a atividade da empresa, a evolução da economia e outros fatores que possam influenciar os mercados financeiros;
- Conjugar as ações numa carteira de ativos equilibrada e adaptada ao perfil de risco.
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Como investir em ações em Portugal?
Em Portugal, existem vários intermediários financeiros que permitem o investimento direto nas bolsas mundiais. Mas essa não é a única forma de investir em ações. Existem alternativas, e os fundos de investimento e os exchange-traded funds (ETF) estão entre as mais populares.
Fundos de investimento
No mercado, encontra fundos que investem exclusivamente em ações de empresas. Aliás, há produtos que apostam em ativos um pouco por todo o mundo, outros que se especializam numa geografia específica e, ainda, os que privilegiam determinados setores ou estratégias.
Uma das vantagens dos fundos de investimento é não haver necessidade de acompanhar tão de perto a atividade das empresas e dos mercados financeiros. Isto porque não só contam com uma equipa profissional para tomar decisões, como também oferecem diversificação, já que investem em dezenas de empresas.
ETF
Os ETF também permitem investir em ações. Na prática, são fundos que negoceiam em bolsa. Mas em vez de terem uma equipa de gestão a decidir os investimentos, limitam-se a replicar um índice. Por exemplo, quem quiser investir nas maiores empresas do mundo pode comprar um ETF que replique o MSCI World, índice que agrupa as maiores 1.430 empresas cotadas globais.
Estes produtos têm comissões baixas e permitem que, com pouco dinheiro, se tenha acesso a todas as ações que integram os principais índices mundiais. Tal como os fundos de investimento, existem ETF dedicados às bolsas globais ou especializados em determinadas geografias ou setores.
Em resumo, existem várias formas de investir em ações, que estão entre as classes de ativos com maiores retornos históricos. No entanto, nos mercados financeiros costuma dizer-se que os ganhos obtidos no passado não são garantia de resultados futuros. Assim, e tendo em conta o risco elevado das ações, convém adotar algumas estratégias e medidas que possam mitigar o efeito de eventuais desvalorizações.
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