Investimentos

O que considerar na hora de escolher um ETF?

Com os ETF, consegue ter exposição a ativos de setores e regiões que dificilmente teria se decidisse investir individualmente em cada empresa.

Investimentos

O que considerar na hora de escolher um ETF?

Com os ETF, consegue ter exposição a ativos de setores e regiões que dificilmente teria se decidisse investir individualmente em cada empresa.

Já ouviu falar em ETF? Os exchange traded funds são fundos de investimentos negociados em bolsa e que seguem um cabaz de ativos, como ações, obrigações ou matérias-primas. Os ETF permitem ter exposição a empresas de diferentes setores, países ou regiões sem ter de comprar ações ou obrigações de cada empresa.

Basta pensarmos nos ETF que seguem o S&P500, o índice que agrega as 500 maiores empresas americanas. Não há muita gente com capacidade para investir individualmente em cada uma destas empresas, mas é possível fazê-lo com a ajuda dos exchange traded funds.

Por terem gestão passiva, estes produtos ajudam a cumprir o princípio da diversificação nos investimentos por um custo mais baixo do que o dos fundos de investimento de gestão ativa. Saiba o que considerar na hora de escolher um ETF.

Leia ainda: ETF: O que são e como funcionam como opção de investimento

Qual a sua estratégia de investimento?

ETF há muitos, e por isso é importante que defina objetivos e saiba qual a estratégia de investimento que quer adotar. Tendo isso em conta, qual o tipo de ativos que deve ter o maior peso na sua carteira? Se quer privilegiar as ações, olhe para esses ETF, mas se está à procura de obrigações ou matérias-primas, é nestes que se deve focar.

Tenha também em consideração se quer um ETF que abarque empresas de vários setores ou se quer investir num setor específico, como a saúde ou a tecnologia. O mesmo vale para os países ou regiões. Pode encontrar ETF que lhe vão dar exposição a ações de todo o mundo, como produtos cujo portefólio está focado nos Estados Unidos, Zona Euro ou economias de países emergentes, por exemplo.

Em que empresas e mercados é que o fundo investe?

Diversificar é um dos bons princípios que deve seguir nos investimentos. Embora os ETF permitam desde logo cumprir esta regra, deve manter essa atenção se o seu objetivo for ter mais do que um destes produtos.

Assim, além de saber quais os ativos que um fundo está a acompanhar, veja também quais as empresas e regiões em que investe. Imaginemos que tem um ETF do S&P500 e decide investir num de ações mundiais. Antes de fazê-lo, perceba qual o peso das ações norte-americanas dentro desse ETF. Isto porque se esse peso for considerável, a diversificação vai ser reduzida.

Considere a dimensão do fundo

Quando estiver à procura de um ETF, vai reparar que existem vários que replicam o mesmo índice. Assim, uma das coisas que deve ponderar na hora de escolher o melhor para si é a dimensão. Em princípio, quando maior for o fundo, menor é o risco de liquidação e maior a confiança dos investidores para investirem nesse produto.

Além disso, tenha também atenção ao volume de negociação. Mais transações são sinónimo de um ETF mais líquido, o que lhe permite vender a sua posição mais facilmente quando o quiser fazer.

Leia ainda: O que deve ter em conta antes de começar a investir

Analise o histórico do ETF

As rendibilidades passadas não garantem rendibildiades futuras. Esta é um dos principais pensamentos que deve ter em conta no mundo dos investimentos. Não é por um fundo ter valorizado 10% no último ano que vai crescer de forma igual no ano seguinte.

Ainda assim, olhar para o passado ajuda a ter uma noção do desempenho do ETF. Assim, é preferível considerar ETF que tenham um histórico consolidado. Quanto mais anos houver para estudar, mais completa vai ser a análise e mais ponderada vai ser a escolha.

Quais os custos dos ETF que está a analisar?

Quando está a analisar fundos com o mesmo índice subjacente, os custos associados à gestão são um ponto crucial. A TER (total expense ratio) é o indicador, em percentagem, que mostra quanto é que tem de pagar anualmente pelo ETF.

Esses custos saem diretamente do património do fundo, por isso pode nem se aperceber de que está a pagá-los. No entanto, ao fim de anos de investimento, fazem diferença na rentabilidade que vai obter.

Basta pensar que, num determinado ano, o seu património é de 10 mil euros. Se a TER for de 0,2%, paga 20 euros por ano. Se for 0,8%, paga 80. Agora, multiplique por vários anos e para um património que, idealmente, há de crescer com o tempo.

Leia ainda: O investidor (verdadeiramente) inteligente

Distribuição ou acumulação?

Quer um ETF de distribuição ou de acumulação? De forma simples, a diferença está no destino dado aos dividendos. Os ETF de distribuição distribuem pelos seus investidores uma parte dos lucros pagos pelas empresas (isto, claro, se as empresas decidirem distribuir dividendos). Ou seja, se quiser receber um rendimento regular e periódico, analise os ETF de distribuição.

Já os ETF de acumulação reinvestem esses dividendos nos ativos do fundo, permitindo assim aproveitar o efeito dos juros compostos. Numa perspetiva de investimento de longo prazo, este tipo de ETF é uma opção a considerar.

Seja no banco ou na corretora, tenha atenção a este pormenor. Há ETF que replicam o mesmo índice, emitidos pela mesma entidade e com nomes muito parecidos, mas cuja diferença está precisamente aqui: um é de distribuição e outro de acumulação.

Qual a moeda em que o fundo está cotado?

Se encontrar dois ETF que replicam o mesmo índice e cujos critérios acima mencionados são muito semelhantes, olhar para a moeda na qual o fundo está cotado pode ajudar a tomar uma decisão. Isto porque, se investir num ETF cotado numa moeda que não o euro, pode ter de pagar comissões cambiais quando vender a sua parte.

Escolher o melhor ETF deve ser uma ponderação de vários critérios. Nem todas as pessoas têm os mesmos objetivos e perfis, pelo que o peso e importância de cada um dos fatores nunca será igual.

Pode sempre procurar aconselhamento na hora de investir, mas não deixe que sejam outras pessoas a decidir onde deve pôr o seu dinheiro.

Leia ainda: Começar a investir: Passo-a-passo e os cuidados a ter

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

Partilhe este artigo
Tem dúvidas sobre o assunto deste artigo?

No Fórum Finanças Pessoais irá encontrar uma grande comunidade que discute temas ligados à Poupança e Investimentos.
Visite o fórum e coloque a sua questão. A sua pergunta pode ajudar outras pessoas.

Ir para o Fórum Finanças Pessoais
Deixe o seu comentário

Indique o seu nome

Insira um e-mail válido

Fique a par das novidades

Receba uma seleção de artigos que escolhemos para si.

Ative as notificações do browser para receber a seleção de artigos que escolhemos para si.

Ative as notificações do browser
Obrigado pela subscrição

Queremos ajudá-lo a gerir melhor a saúde da sua carteira.

Não fique de fora

Esta seleção de artigos vai ajudá-lo a gerir melhor a sua saúde financeira.