Apesar da melhoria contínua dos mecanismos de proteção e segurança dos utilizadores de cartões bancários, o seu uso não está livre de perigos. De acordo com o último Relatório dos Sistemas de Pagamento, do Banco de Portugal, no primeiro semestre do ano passado, foram registadas 155 operações fraudulentas em cada milhão de operações com cartões de pagamento, um aumento face às 137 operações fraudulentas observadas nos seis meses anteriores.
No entanto, é possível minimizar os riscos. Seja na utilização de um caixa automático (ou ATM) ou de um terminal de pagamento automático (TPA), estar atento a sinais de alerta e manter determinados cuidados é meio caminho andado para evitar armadilhas.
Conheça, em baixo, as recomendações do Banco de Portugal para se proteger de situações de fraude com cartões.
Utilização de caixa automático (ou ATM)
Sempre que se dirige a um caixa automático para levantar dinheiro, fazer um pagamento ou qualquer outra operação:
- Certifique-se de que o ATM tem um aspeto normal, antes de inserir o seu cartão. Se suspeitar de que o equipamento possa ter sido danificado ou alterado, sobretudo na zona da ranhura onde se insere o cartão, não o utilize e procure outro ATM.
- Mesmo não estando na presença de outras pessoas, proteja a zona do teclado quando inserir o seu PIN.
- Se o seu cartão ficar retido, o ATM indica-lhe de imediato o motivo. Se isso não acontecer, ou suspeitar da indicação, consulte imediatamente a entidade emitente do seu cartão.
“A captura do cartão pode acontecer por vários motivos: porque a data de validade do cartão expirou; porque excedeu o número de tentativas permitido para a inserção do PIN ou até por avaria. No entanto, também pode ocorrer por tentativa de fraude: alguém pode ter manipulado o terminal com o objetivo de impedir que o cartão saia e, mais tarde, apropriar-se indevidamente do mesmo”, explica o Banco de Portugal.
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Utilização de terminal de pagamento automático (TPA)
Quando utiliza um terminal de pagamento automático (TPA), para efetuar uma compra num estabelecimento comercial:
- Certifique-se de que o TPA tem um aspeto normal, sem sinais de alteração ou danos. Se tiver dúvidas, opte por outra forma de pagamento.
- Não perca o seu cartão de vista antes, durante ou depois do pagamento.
- Confirme sempre o valor que aparece no visor do equipamento antes de digitar o seu PIN. Ao fazê-lo, coloque a mão em torno do visor, para garantir que ninguém consegue perceber o código que marcou.
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Realização de pagamentos contacless
- Se for realizar um pagamento contacless, confirme o valor da operação antes de aproximar o cartão do leitor.
- Não repita a operação se o visor do TPA não apresentar uma mensagem a indicar de que a tentativa de pagamento foi anulada ou malsucedida.
- Exija sempre um comprovativo do pagamento.
- Não entregue o seu cartão ao comerciante. Se tiver de fazê-lo, por algum motivo, certifique-se de que o cartão não sai da sua vista e lhe é devolvido logo após o pagamento.
Em qualquer caso, saiba que numa situação de roubo, furto, perda, apropriação indevida do cartão ou se suspeitar que este foi clonado ou falsificado, deve notificar de imediato o emitente do cartão.
Desta forma, garante que não será responsabilizado por valores indevidamente movimentados, exceto se tiver atuado de forma fraudulenta.
“Se forem realizadas operações de pagamento não autorizadas antes da comunicação ao emitente do cartão, em princípio, terá de pagar os montantes indevidamente movimentados até um máximo de 50 euros. Poderá, contudo, ser chamado a pagar um montante superior nos casos em que atue de forma fraudulenta ou com negligência grosseira, ou quando incumpra deliberadamente as suas obrigações relativas ao cartão”, indica o Banco de Portugal.
Para cartões com tecnologia contacless, se a entidade emitente não lhe solicitou autenticação forte da transação, ou seja, se efetuou a operação contactless sem lhe ser solicitada a introdução de PIN, não deve suportar quaisquer perdas relativas a essa operação de pagamento.
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