Chegar a casa, começar a preparar o jantar e perceber que o robô de cozinha avariou. Será que ainda está dentro da garantia? Não está... Reparar só compensa se não for muito caro e se não demorar uma eternidade.
Muitas vezes, o eletrodoméstico é demasiado necessário nas rotinas diárias e acaba por ser mais prático comprar um equipamento novo.
A despesa com eletrodomésticos é algo que pode surgir a qualquer momento. Porque avariam de repente, porque mudamos de casa, ou porque surgiu a necessidade pela primeira vez. O problema é que, grandes ou pequenos, costumam ser caros e podem abalar o orçamento familiar, sobretudo quando o gasto é inesperado.
O melhor é estar prevenido e conhecer as melhores táticas para fazer as melhores escolhas, tendo em conta a qualidade, a eficácia e o investimento inicial e a longo prazo. Deixamos, por isso, 7 conselhos que vão ajudar a comprar eletrodomésticos sem arruinar a carteira.
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Avaliar a necessidade
Antes de comprar um eletrodoméstico é fundamental avaliar dois aspetos: a frequência com que o equipamento será usado e a capacidade versus o número de pessoas que o vai usar.
Estes dois fatores ajudam a perceber o preço médio de um eletrodoméstico com as características certas, permitindo definir um orçamento e evitar gastos desnecessários. Investir numa máquina de lavar com uma capacidade elevada faz sentido para uma família de três ou mais pessoas, mas não para alguém que mora sozinho.
Da mesma forma, se a maioria das refeições são feitas fora de casa, não será necessário equipar a cozinha com dezenas de eletrodomésticos que não vai usar. Um bom frigorífico, uma placa de fogão, um exaustor, um forno e um microondas básicos serão os grandes eletrodomésticos essenciais para este caso.
Pesquisar e comparar
Antes de ir direto à loja de eletrodomésticos mais perto de casa, reúna toda a informação sobre o equipamento, os diferentes modelos e preços praticados. Pesquisar online e em diferentes estabelecimentos físicos pode fazer toda a diferença na hora de comprar.
No comércio de rua, há a vantagem de conseguir negociar os preços, sendo que algumas lojas assumem o preço da concorrência quando confrontadas com a diferença. Online há a ajuda preciosa dos comparadores, como o KuantoKusta, e dos alertas de preço. Se o eletrodoméstico em causa não for urgente, é uma boa opção monitorizar o preço e criar alertas para quando descer.
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Aproveitar as promoções
Depois de pesquisar sobre o eletrodoméstico necessário e de saber o preço médio no mercado, é mais fácil detetar promoções que valem de facto a pena. Online as promoções podem surgir nas redes sociais da marca e dos seus embaixadores, numa newsletter de boas-vindas depois do registo no website, ou num anúncio de um motor de busca.
Para estar a par das oportunidades em lojas físicas, não deixe escapar os folhetos, nem deixe passar as datas-chave associadas a grandes descontos, como a Black Friday, as promoções pós-natalícias, e o período de regresso às aulas.
Optar por modelos anteriores
Quando compramos alguma coisa, somos facilmente atraídos pelas novidades e pelos modelos mais recentes. Acontece com quase tudo: roupa, tecnologia, carros, decoração... No entanto, no caso dos eletrodomésticos, as diferenças de características e funcionalidades entre o último modelo e o anterior pode não compensar a diferença de preços.
Adicionalmente, quando é lançado um modelo novo, as grandes superfícies comerciais costumam fazer descontos bastante atrativos nos modelos anteriores, o que pode ser uma boa oportunidade para poupar algum dinheiro extra.
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Comprar eletrodomésticos com defeitos estéticos
Eletrodomésticos com a caixa de transporte rasgada, sem a esferovite de proteção, com riscos ou pequenas amolgadelas não são vendidos ao público nas grandes superfícies comerciais. No entanto, estes defeitos, provocados pelo transporte e/ou logística, podem ser meramente estéticos. Os equipamentos estão por estrear, novos, e funcionam na perfeição.
Existem cada vez mais lojas que vendem eletrodomésticos com defeitos estéticos e até marcas que criam o seu próprio outlet para este tipo de produtos. Vendem-nos a bons preços, às vezes a metade ou mais barato ainda que o valor do equipamento perfeito, com a vantagem de manterem a garantia do fabricante.
A compra de eletrodomésticos com defeitos estéticos é uma prática ainda pouco enraizada entre a maioria dos portugueses, mas pode ser a solução ideal para equipar a casa nova ou substituir um aparelho antigo e poupar dezenas, senão centenas, de euros.
Comprar em segunda-mão mas com garantia
Comprar eletrodomésticos usados é também uma boa forma de poupar dinheiro. Há quem decida vender um eletrodoméstico simplesmente porque o usa poucas vezes, porque vai mudar-se para uma casa já equipada, ou porque recebeu de presente um modelo novo. Nestes casos, os eletrodomésticos usados têm ainda muito para dar. E, se adquiridos em lojas físicas ou online, têm direito a garantia. O período estipulado por lei é de dois anos, sendo que o prazo pode ser reduzido a um ano se houver acordo entre o vendedor e o consumidor.
Além disso, comprar um eletrodoméstico em segunda-mão em vez de um novo é uma atitude mais sustentável. Estará a reduzir a pegada ecológica e a evitar que um equipamento acabe prematuramente num aterro.
Investir no futuro
A partir do dia 1 de março de 2021, todos os televisores, frigoríficos, arcas congeladoras, máquinas de lavar loiça e de lavar e secar roupa passarão a incluir a nova etiqueta energética, mais direta e fácil de interpretar. Válida em toda a União Europeia, esta etiqueta apresenta uma escala de A (o topo da eficiência) a G, sem classes adicionais, e permite identificar rapidamente os eletrodomésticos com melhor desempenho energético.
Não teremos mais as classes A+, A++ e A+++ e, durante uma primeira fase, a classe A irá manter-se vazia para encorajar os fabricantes a desenvolver equipamentos ainda mais eficientes do que os atuais. Os eletrodomésticos com melhor desempenho situar-se-ão na classe B. Esta nova etiqueta incluirá também um código QR que dará acesso a toda a informação técnica sobre o produto.
No momento de comprar um eletrodoméstico, verificar e comparar a etiqueta energética pode traduzir-se numa poupança relevante a longo prazo. Comprar um eletrodoméstico eficiente significa comprar um equipamento que consegue realizar as suas funções consumindo menos energia.
Ao longo dos anos, essa eficiência permitirá reduzir a conta da eletricidade, para além de ter um impacto positivo no ambiente. Por isso, mesmo que seja necessário pagar um pouco mais no momento da compra, esse investimento inicial será recuperado.
De realçar apenas que a etiqueta energética é comparável unicamente entre equipamentos que realizam o mesmo tipo de funções. Ou seja, para saber como escolher um frigorífico, por exemplo, não deverá comparar a classe energética de um combinado com a de um frigorífico sem congelador. É importante estar atento e fazer escolhas ponderadas.
Comprar eletrodomésticos não tem de ser um castigo. Se estiver atento e bem informado, vai de certeza encontrar equipamentos de qualidade, eficientes e adequados às rotinas da casa sem gastar uma fortuna. Boas compras!
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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