Cultura e Lazer

Vou montar o meu negócio e ficar…rico!

Empreendedor para aqui, empreendedorismo para ali… Mas, afinal, tens o que é preciso para montar um negócio de sucesso? Há um videojogo que pode testar-te.

Cultura e Lazer

Vou montar o meu negócio e ficar…rico!

Empreendedor para aqui, empreendedorismo para ali… Mas, afinal, tens o que é preciso para montar um negócio de sucesso? Há um videojogo que pode testar-te.

Com que então estás disposta a colocar à prova as tuas fantásticas capacidades de gestão? E tu aí, não te cansas de dizer que tens várias ideias brilhantes, certo? Pois bem, sejam bem-vindos a Start it up, onde podem lançar e gerir a vossa própria empresa fictícia – e ver como é que se sairiam no excitante e stressante mundo do empreendedorismo.

És mais do tipo loja-e-muita-gente-nova ou mais do tipo caseiro?

Não se pode dizer que faltem alternativas na fase de escolher a área em que se quer trabalhar. Se formos para o campo da produção, podemos vestir a pele de um artesão de joias, de uma fabricante de equipamento de escalada ou de um especialista em robôs assistentes. Se preferirmos ter uma loja aberta ao público, as opções passam pelo salão de máquinas de videojogos, por um spa/cabeleireiro ou por um café e mercado orgânico. No âmbito do mais tecnológico software, podemos concentrar atenções no desenvolvimento de apps para artistas, de uma app de encontros para entusiastas de pássaros ou de um videojogo sobre o Abominável Homem das Neves. Preferem uma coisa mais especializada? Que tal resgate de animais selvagens? Eletricista e canalizador? DJ? Cada função terá características específicas. Sabe-se lá porquê, a nossa primeira tentativa de empreendedorismo recaiu na criação de videojogos. Eis a ideia: encontrar o dito Abominável, seguindo pistas. Eis o trabalho: esboçar o jogo, desenvolvê-lo, tratar do marketing.

start-it-up

Leia ainda: A dura vida de quem ganha mal

Dicas da indústria para ajudar a delinear o nosso trajeto

Start it up tem sempre uma dica da indústria para nos ajudar. Neste caso, dizem-nos que «ter um bom conceito de jogo vai ser a chave para o sucesso». Já ficámos um pouco de pé atrás com isto de ir à procura do Homem das Neves, mas lá escolhemos os nossos objetivos de longo prazo: queremos 1) ter um impacto na qualidade de vida da comunidade, 2) dominar o mercado através da maximização do lucro, 3) ser líder na indústria em termos de inovação?

Também será importante pensar no sítio em que vamos criar a nossa empresa. Para a criação do videojogo, até podemos sedear-nos na nossa casa. Ou será que preferimos um ambiente mais rural? Também existe a opção de ter um espaço nos subúrbios, ou até na Baixa, mas cada opção acarreta custos e benefícios diferentes. Se trabalhar no lar gera economias na renda, também só permite que tenhamos um máximo de três colaboradores. Já no centro da cidade, os preços sobem, muitíssimo até, mas poderemos contratar até 15 pessoas. O que pode dar jeito, se não acharmos que podemos ser especialistas em tudo.

A importância do mentor… e do investidor

Mesmo num joguinho, caramba, há bastante com que lidar nisto de ser empreendedor. Desde logo, perceber as principais características do nosso público-alvo, cruciais aquando da tomada de decisões. Após selecionarmos o nome da empresa, ficamos a conhecer a nossa mentora. Ela vai estar connosco para nos ajudar nalgumas partes mais desafiantes. Calhou-nos Xander Martinez, uma analista de mercado ligada à tecnologia e ao software, que já tem no currículo o desenho e lançamento de apps e videojogos bem-sucedidos. «É uma área em constante mudança», avisa-nos Xander.

E quanto ao dinheirinho? Bem, o investimento pode vir da família, de um empréstimo bancário, de um concurso de startups, de empréstimos estatais para a inovação, de um anjo investidor... Dão-nos três hipóteses de apresentar o nosso projeto; depois, é esperar para ver se alguma é aceite. O anjo investidor gostou do que lhe apresentámos! Apertámos as mãos e lançámo-nos de cabeça; temos dois anos pela frente para provar ao nosso investidor (e às más-línguas, e aos descrentes), as nossas capacidades de gerir um negócio próprio.

Leia ainda: As flutuantes pontuações de crédito

Escolher as ações, auscultar os resultados

Trimestralmente, um gráfico da saúde da nossa empresa revela como nos estamos a sair em termos de impacto na comunidade, satisfação do cliente e equilíbrio nas contas. Temos direito a realizar quatro ações por trimestre, muitas das quais são sequenciais. Neste desafio do Abominável, começa-se por conceber o jogo, passá-lo a protótipo e testá-lo com alguns utilizadores; só então o podemos lançar e anunciar ao mundo. Cada ação vem com uma descrição, um custo e uma percentagem de ser bem-sucedida.

Além destas decisões operacionais, podemos contratar funcionários e serviços exteriores, tendo em conta o orçamento disponível. E podemos gastar dinheiro (caso o tenhamos) em advogados, marketing, seguros… E, já agora, queremos patrocinar a equipa local de bowling? Pelo meio, podem surgir boas surpresas, como um vídeo que se torna viral e gera receitas inesperadas. Veio mesmo a calhar!

start-it-up

Uma ideia simples que pode ter impacto profundo

O esquema do jogo, apesar de tudo, é bastante básico. Ao findar o nosso primeiro desafio, ficámos com a sensação de que talvez fosse demasiado fácil ser um empreendedor de sucesso neste Start it up. «És um guru dos negócios ou apenas tiveste sorte?», pergunta a Xander. Bem, nada como testar o jogo (e o nosso brilhantismo, claro) outra vez, agora num setor mais desconhecido. Será assim tão complicado apanhar cobras venenosas ou meter umas músicas que animem o pessoal? Arranjar uns canos ou produzir uns colares cheios de brilhantes? Pfff, por favor, fomos nós que fizemos aquele videojogo que foi um sucesso mundial, lembram-se?

Testámos todas as profissões. Nas lojas com porta aberta para a rua, falhámos em todos os negócios. Nos serviços especializados, também. Ah, faziam melhor? A sério? Tudo bem, até acreditamos. E também acreditamos que, no meio de um videojogo aparentemente linear, se consegue ficar a perceber alguns passos e decisões estratégicas nisto de ser empreendedor. Já quanto a este que vos escreve, talvez o destino, snif, esteja em escrever textos, até que a inteligência artificial nos diga que estamos obsoletos. Até lá, deixem-me gozar o sucesso alcançado com o meu lindo e emocionante Abominável Homem das Neves. Que jogaço!    

Leia ainda: Segurem-se: Vêm aí as chatices da vida

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

Partilhe este artigo
Tem dúvidas sobre o assunto deste artigo?

No Fórum Finanças Pessoais irá encontrar uma grande comunidade que discute temas ligados à Poupança e Investimentos.
Visite o fórum e coloque a sua questão. A sua pergunta pode ajudar outras pessoas.

Ir para o Fórum Finanças Pessoais
Deixe o seu comentário

Indique o seu nome

Insira um e-mail válido

Fique a par das novidades

Receba uma seleção de artigos que escolhemos para si.

Ative as notificações do browser para receber a seleção de artigos que escolhemos para si.

Ative as notificações do browser
Obrigado pela subscrição

Queremos ajudá-lo a gerir melhor a saúde da sua carteira.

Não fique de fora

Esta seleção de artigos vai ajudá-lo a gerir melhor a sua saúde financeira.